O Governo de São Paulo anunciou, nesta terça-feira (5), o fim da Operação Escudo, desencadeada após o assassinato do soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Patrick Bastos Reis em Guarujá, na Baixada Santista, em 27 de julho. • Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram No total, 28 pessoas morreram durante supostos confrontos com as forças de segurança ao longo de 40 dias, de acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública). No mesmo período, 958 suspeitos também foram presos, e 70 adolescentes infratores, apreendidos. Em uma coletiva de imprensa, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, informou que os Baeps (Batalhões de Ações Especiais de Polícia) que prestaram apoio à operação vão retornar para suas regiões. “Nós manteremos um efetivo do Choque, além do remanejamento das vagas da Dejem [Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar] para suprir e manter o apoio para a população da Baixada Santista. É importante ressaltar que a população não ficará desassistida”, afirmou o secretário. Questionado sobre as denúncias de abuso feitas pela Ouvidoria da Polícia, pelo Ministério Público de São Paulo e por outros órgãos, Derrite declarou que nenhum laudo apontou excesso nem violência da polícia durante os dias de operação. Em relação às bodycams (câmeras corporais), o secretário disse que o MP terá acesso a todas as imagens captadas durante a operação, mas que existiram casos de agentes que não possuíam o equipamento. O Gaesp (Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública), do Ministério Público, instaurou um inquérito civil para apurar eventuais excessos praticados durante a Operação Escudo. Também foi expedida uma recomendação ao secretário e ao comandante-geral da Polícia Militar para que determinem e assegurem que todos os policiais envolvidos na ação portem câmeras corporais.