Modelo Challenger-2 nunca tinha sido destruído em combate desde que passou a ser usado, em 1994
– Mariana Goelzer
Um vídeo no campo de batalha da guerra entre a Rússia e a Ucrânia registra imagens de um blindado em chamas, envolto por uma fumaça espessa e cinza. Presumivelmente gravada por ucranianos, a filmagem mostra que as forças russas conseguiram abater o primeiro tanque britânico Challenger-2.
Além da gravação, não há muitas informações precisas sobre o evento. Acredita-se que tenha ocorrido na segunda-feira 4, provavelmente na frente sul de Zaporizhzhia, perto do vilarejo Robotine. A Ucrânia conseguiu retomar a região na semana passada, que é o foco principal de suas ações no momento.
O Tanque Challenger-2
A destruição do Challenger-2 também apresenta um caráter simbólico, pois, desde que foi implementado, em 1994, nenhum tanque desses foi perdido em combate.
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Essa invencibilidade, em parte, é justificada pelo número relativamente pequeno de unidades construídas e pelo uso pouco frequente do modelo.
No início deste ano, a Grã-Betranha cedeu 14 unidades dos tanques Challenger-2 à Ucrânia, numa cooperação com o esforço europeu de blindar o Ocidente.
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Ainda não se sabe em que extensão o equipamento está sendo usado na linha de frente do conflito nas últimas semanas.
Ajuda global à Ucrânia
A Grã-Bretanha não foi o único país a contribuir com o exército ucraniano. A Polônia doou cerca de 240 tanques soviéticos T-72.
Alguns países europeus prometeram ajudar com quase 100 Leopard-1 e 80 versões diversas do Leopard-2. No entanto, é incerto quantos blindados de fato enviaram.
Os EUA prometeram 31 tanques M1A1 Abrams. Estes estão sendo entregues para receber ajustes finais na Alemanha e devem influir de forma mais significativa nas operações ucranianas a partir do fim do ano.
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De acordo com a chancelaria em Kiev, desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, a ajuda militar global à Ucrânia chegou a US$ 100 bilhões. A quantia é aproximadamente 23 vezes o orçamento militar ordinário do país no ano anterior ao conflito, incluindo gastos com pessoal, investimento e custeio. Os Estados Unidos são responsáveis por cerca de 70% deste apoio.
O presidente Volodymir Zelensky já declarou que a falta de armas pesadas ocidentais, em especial de blindados, faz com que o avanço da Ucrânia seja mais lento do que o desejado.
O local de destruição do Challenger-2 permite inferir que Kiev está concentrando sua utilização no ponto mais promissor na visão de seus comandantes.
O armamento ocidental é um dos pilares da contraofensiva ucraniana à Rússia, que, apesar de avançar na frente de Zaporizhzhia, continua enfrentando grandes dificuldades.
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