Chamas, calor extremo e enchentes assolam 2023, que caminha para se tornar ano mais quente da história

Chamas, calor extremo e enchentes assolam 2023, que caminha para se tornar ano mais quente da história

Julho e agosto foram os meses com as temperaturas médias mais altas já registradas, segundo o Observatório Europeu Copernicus Ondas de calor no Hemisfério Norte: o verão boreal (dessa região) de 2023 foi marcado por recordes de temperatura. A Índia (foto acima) registrou o mês de agosto mais quente e seco desde o início da medição, há mais de um século Asaad Niazi/AFP – 16.07.2023 O Japão enfrentou as temperaturas médias mais elevadas já registradas no arquipélago entre junho e agosto. A onda de calor também afetou a região do Mediterrâneo e a América do Norte, com temperaturas que superaram 40ºC Richard A. Brooks/AFP – 1º.09.2023 Calor no inverno do Hemisfério Sul: o inverno nessa área foi excepcionalmente ameno. O inverno australiano foi o mais quente já registrado, com temperatura média de 16,75ºC entre junho e agosto. Na foto, um bombeiro tenta apagar as chamas em Iranduba, na região metropolitana de Manaus, no Amazonas Michael Dantas/AFP – 05.09.2023 A América Latina sofreu ondas de calor invernal. Na Argentina, os moradores de Buenos Aires viveram em 1º de agosto o dia mais quente para o mês desde o início das estatísticas (30ºC). Na foto, as enchentes que atingem Lajeado, no Rio Grande do Sul Diego Vara/Reuters – 06.09.2023 Continua após a publicidade O termômetro superou 30ºC em São Paulo e atingiu 25ºC em Santiago do Chile, medições incomuns para o período. Os cientistas afirmam que as temperaturas elevadas são o resultado da mudança climática, acentuada neste ano pelo retorno do fenômeno El Niño, que se caracteriza por um aumento da temperatura das águas do Pacífico e provoca fenômenos climáticos extremos Martin Bernetti/AFP – 02.08.2023 Oceanos em ebulição: em agosto, os oceanos também bateram um recorde. Segundo a base de dados ERA5 do Copernicus, a temperatura da superfície alcançou 21ºC após meses de superaquecimento histórico, ainda em curso. O Atlântico Norte e o Mediterrâneo também registraram altas marcas. O aquecimento tem consequências nefastas para a biodiversidade, ao mesmo tempo que reduz a capacidade dos oceanos de absorver CO₂, reforçando o círculo vicioso do aquecimento climático Diego Vara/Reuters – 06.09.2023 Embora não represente uma média, a temperatura da água foi medida em 38,3ºC em 24 de julho na costa da Flórida (EUA), estabelecendo um potencial recorde mundial caso a precisão da medição seja confirmada NOAA/Reuters – 29.08.2023 Havaí, Canadá e Grécia em chamas: o arquipélago americano do Havaí sofreu em agosto os incêndios mais violentos nos Estados Unidos em um século, que mataram pelo menos 115 pessoas e deixaram centenas de desaparecidos na ilha de Maui Departamento de Recursos Naturais do Havaí/Reuters – 11.08.2023 No Canadá, os incêndios não provocaram vítimas, mas foram excepcionalmente devastadores em um contexto de forte seca. Desde o início do ano, segundo o Centro Interagências de Incêndios Florestais do Canadá (CIFFC), 16,44 milhões de hectares foram devastados, uma superfície equivalente ao território da Tunísia. O recorde anterior era de 7,11 milhões de hectares, em 1995. No fim de junho, Montreal foi por alguns dias a cidade mais poluída do planeta, sob uma camada de fumaça provocada pelos incêndios florestais, informou a empresa especializada Iqair Ed Jones/AFP – 16.07.2023 Continua após a publicidade Em menor medida, a Europa também foi afetada pelas chamas: na Grécia, um incêndio perto da fronteira com a Turquia destruiu mais de 80 mil hectares. Outros focos de incêndio atingiram as ilhas de Corfu e Rhodes. Desde o início do ano, 535 mil hectares foram queimados na Europa, segundo o Copernicus (dados atualizados até 2 de setembro). Apesar de estar acima da média (447 mil hectares), o número continua muito abaixo do recorde de 1,21 milhão registrado no mesmo período em 2017 Angelos Tzortzinis/AFP – 22.08.2023 Inundações fatais na Ásia: a temporada de monções matou pelo menos 175 pessoas no Paquistão, 155 na Índia e 41 na Coreia do Sul. Na região norte da China (foto acima), 62 pessoas morreram por causa das chuvas torrenciais. Apesar do número de mortes, as chuvas não foram excepcionais na Índia, pois em agosto o índice registrou o menor nível histórico, o que contribuiu para o recorde de altas temperaturas no país STR/AFP – 06.09.2023 Últimas

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