Suor noturno, coração acelerado, falta de ar e sensação de desespero que te fazem acordar. As crises de ansiedade não têm hora para acontecer, e parecem ainda piores quando passam a atrapalhar o sono. “A ansiedade noturna não se difere das crises que ocorrem ao longo do dia. Muitas pessoas ficam ruminando as questões que anseiam e, à noite, costuma ficar mais evidente no momento em que a pessoa quer ou está se preparando para dormir e se dão conta que não param de pensar. Então, elas não conseguem pegar no sono ou acordam diversas vezes”, afirma a psicóloga Liliana Seger, do IPq – FMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). A psicóloga Marina Vasconcellos explica que as crises de ansiedade noturna podem ocorrer de três maneiras: • Ansiedade inicial: Gera a dificuldade para começar a dormir. Ao deitar, o cérebro começa a pensar nos afazeres do dia seguinte, planejamentos, e faz com que haja uma demora para pegar no sono; • Ansiedade intermediária: Ocorre durante o sono, fazendo a pessoa acordar e não conseguindo voltar a dormir, ou tirando apenas cochilos. Ao tentar fazer alguma atividade para dormir, como mexer no celular ou assistir alguma série, acabam despertando mais devido à exposição à luz azul, prejudicando a produção de melatonina; • Ansiedade terminal: Faz a pessoa acordar perto do fim de seu sono, antes do horário normal, e não conseguindo voltar à dormir, prejudicando o desempenho durante o dia. • Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram Os gatilhos podem ser os mais diversos. Preocupações ou trabalho excessivos, questões familiares, afetivas, ou até mesmo situações do passado que não foram resolvidas. “Quando vem a noite, você põe a cabeça no travesseiro e começa a pensar em tudo o que não deu certo. Se aconteceram 97 coisas boas durante o dia e três ruins, a gente sempre acaba pensando só nessas que deram errado”, alega Marina. As psicólogas lembram que, nesse momento, é importante focar na respiração. Entre as opções para tentar diminuir a crise e conseguir voltar a dormir, elas elencam a leitura (fora do celular), áudios que auxiliem o relaxamento, meditação, e colocar em prática a higiene do sono, buscando não dormir tarde, evitar telas cerca de uma hora antes de deitar, dormir em um ambiente escuro e silencioso. Elas ressaltam, ainda, a importância da prática de atividades físicas durante o dia, de modo a dar vazão àquela ansiedade, e buscar psicoterapia, administrando os fatores desencadeadores das crises. Veja sete dicas que podem ajudá-lo no combate à ansiedade: