O brasileiro Danilo Souza Cavalcante, de 34 anos, que fugiu da prisão no estado da Pensilvânia (EUA), em 31 de agosto, entrou para a lista da Difusão Vermelha da Interpol, a pedido dos Estados Unidos. Ele foi condenado pelo assassinato da ex-namorada.
Para auxiliar na identificação de Cavalcante, o alerta informa que ele pesa cerca de 54 quilos e tem 1,52 metro de altura, além de cabelos pretos e olhos castanhos. O foragido também pode estar vestindo uma camiseta branca, calças verdes ou cinza, usadas na prisão, e tênis brancos.
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Os avisos vermelhos são alertas máximos emitidos pela organização internacional a pedido de um país-membro para foragidos com acusações ou em cumprimento de pena, isto é, que já foram condenados.
A Interpol reúne 194 países-membros, entre eles o Brasil, e tem a função de conectar as agências policiais em todo o mundo. Os procurados podem ser detidos provisoriamente pelos órgãos de segurança de qualquer país.
Atualmente, a Difusão Vermelha reúne 6.935 pessoas — 96 delas brasileiras — procuradas por diversos crimes, como homicídio, tráfico de drogas, associação criminosa, roubo, porte ilegal de armas, estupro, fraude e lavagem de dinheiro.
Como Cavalcante entrou nos EUA?
Cavalcante imigrou para os EUA após a Justiça brasileira ter emitido um mandado em que pedia sua prisão — ele é acusado de ter matado, com seis tiros, Válter Júnior Moreira dos Reis, na cidade de Figueirópolis (TO). O motivo do crime foi uma dívida relacionada ao conserto de um carro que Reis teria com o criminoso.
Para escapar, Cavalcante viajou primeiro para Porto Rico, onde obteve uma identidade falsa, segundo as provas apresentadas durante seu julgamento, no início de agosto.
O brasileiro se estabeleceu no condado de Chester, porque tinha uma irmã e amigos que já moravam na região. Cavalcante trabalhou por um tempo na construção civil, teve outras profissões, disseram os promotores, e morava em um trailer alugado.
Ele foi condenado à prisão perpétua em agosto por ter assassinado, com mais de 30 facadas, sua ex-namorada, Deborah Brandão, em frente aos filhos dela. Antes de fugir, o brasileiro estava aguardando a transferência para um presídio estadual com segurança reforçada.