O subsecretário para Assuntos Humanitários e coordenador de Ajuda de Emergência da ONU declarou nesta sexta-feira (15) que ainda não é possível compreender a dimensão da catástrofe humanitária provocada pelas inundações no leste da Líbia.
“Eu penso que a questão para nós, na Líbia é, obviamente, coordenar nossos esforços com o governo e depois com outras autoridades no leste do país”, disse Martin Griffiths, em uma entrevista coletiva em Genebra.
“Não conhecemos o alcance do problema, o nível das necessidades; o número de mortos ainda é desconhecido”, acrescentou.
Tamer Ramadan, diretor das operações de ajuda da Cruz Vermelha na Líbia, afirmou nesta sexta-feira que “ainda há esperança de encontrar sobreviventes”.
O funcionário da Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho se negou, no entanto, a anunciar um balanço de mortos, que “não seria nem definitivo, nem preciso”.
A Líbia, que sofre com a instabilidade política há vários anos, ainda enfrenta as inundações repentinas provocadas pela tempestade Daniel no fim de semana passado.
Vários balanços, provisórios, citam pelo menos 3.800 mortos, além de milhares de desaparecidos e deslocados na cidade costeira de Derna, parcialmente destruída pela água e a lama.