Lula se reúne com candidatos à PGR, mas deixa escolha para depois de viagem aos EUA

Lula se reúne com candidatos à PGR, mas deixa escolha para depois de viagem aos EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta semana com os dois principais candidatos à Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Gustavo Gonet Branco e Antonio Carlos Bigonha, ambos subprocuradores-gerais no Ministério Público Federal (MPF). Segundo apurou o R7, os dois conversaram com Lula no Palácio do Planalto entre quarta (13) e quinta-feira (14). Lula vai indicar um novo procurador-geral da República devido ao fim do mandato de Augusto Aras, em 26 de setembro. O presidente vai fazer a escolha depois de voltar dos Estados Unidos. Na semana que vem, o chefe do Executivo cumpre agenda em Nova York, onde vai participar da Assembleia-Geral das Nações Unidas. Ele deve ficar no país norte-americano pelo menos até quarta-feira (20). • Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram Os dois cotados para substituir Aras não foram incluídos na lista tríplice feita pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) para o cargo de procurador-geral da República. Nos dois primeiros mandatos como presidente, Lula indicou à PGR um dos nomes da lista tríplice. Desta vez, contudo, ele não deve seguir as sugestões da associação. Paulo Gustavo Gonet Branco ingressou no MPF em 1987 e é o atual vice-procurador-geral eleitoral do MPF. O subprocurador tem o apoio de alguns dos ministros do Supremo Tribunal Federal, como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, para assumir a PGR. Ele foi responsável por elaborar o parecer do Ministério Público Eleitoral a favor de que o Tribunal Superior Eleitoral declarasse a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) pela conduta do ex-presidente em encontro com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado, quando levantou suspeitas sobre as urnas eletrônicas, sem apresentar provas, e atacou o sistema eleitoral brasileiro. Antonio Carlos Bigonha, que está no MPF desde 1992, tem sido recomendado por políticos do PT, sobretudo por ser um crítico da Operação Lava Jato. Neste ano, ele escreveu um artigo em que reclamava que o MPF virou uma “polícia com poderes superlativos” e realizou “operações persecutórias” nos últimos anos. No mesmo texto, Bigonha comentou a “prisão arbitrária” de Lula, a quem chamou de “um dos maiores líderes populares de todos os tempos”. Se Lula não fizer a indicação do substituto de Aras até o dia 26, a PGR será comandada de forma interina pela vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF), a subprocuradora-geral Elizeta Ramos. O candidato que for escolhido por Lula terá de passar por sabatina no Senado, e a indicação será votada no plenário da Casa. Para o nome ser aprovado, são necessários os votos favoráveis de pelo menos 41 senadores, ou seja, a maioria absoluta.

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