O procurador especial dos EUA, Jack Smith, pediu a um juíz ordem de silêncio contra o ex-presidente Donald Trump nesta sexta-feira (15). Smith justificou a solicitação alegando que as declarações do Republicano são uma ameaça contra o julgamento do mesmo por tentativa de alterar o resultado das eleições americanas de 2020.
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Ainda segundo o procurador, a retórica de Trump resultou em ameaças de seus partidários contra promotores, a corte e possíveis jurados do processo. ‘[As declarações do ex-presidente] poderiam ter um impacto substancial na imparcialidade do júri e, ao mesmo tempo, influenciar o depoimento das testemunhas’, acrescentou Smith.
Em resposta a estes supostos riscos, ele pediu ao juíz que proíba o Republicano de fazer comentários depreciativos e intimidatórios sobre qualquer um que esteja envolvido ou tenha possibilidade de estar ligado ao caso em questão (inclusive sobre eventuais testemunhas).
Smith embasou a petição com diversos comentários feitos pelo magnata desde a acusação formal em 1º de agosto, dentre elas uma mensagem postada nas redes sociais na qual Trump diz que iria atrás de quem o perseguisse.
Também foram inclusos no documento os ataques do político a testemunhas de acusação, como seu próprio ex-vice-presidente Mike Pence (2017-2021), à juíza do caso, Tanya Chutkan – que foi chamada de ‘fraude’ por ele -, ao escritório do procurador (tachado de ‘equipe de valentões’), e à própria cidade de Washington, D.C., classificada pelo ex-presidente como um lugar ‘sujo, cheio de delinquentes’ e ‘anti-Trump’.
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