Falta de atualização no cadastro de doação de medula óssea pode impedir que vidas sejam salvas; entenda

Falta de atualização no cadastro de doação de medula óssea pode impedir que vidas sejam salvas; entenda

O José Carlos foi quem doou a medula óssea para o filho, de 14 anos. Ele tinha 50% de compatibilidade. Até existia uma doadora 100% compatível com o adolescente, mas ela não foi encontrada. “Certamente ela não deve ter atualizado o endereço, deve ter mudado de endereço. Se a pessoa muda e não atualiza, infelizmente não localiza.”, diz o pai de Arthur. Para se tornar um doador, é preciso ter entre 18 e 35 anos. Basta ir a um hemocentro e retirar uma pequena amostra de sangue. O material é analisado para identificar as características genéticas que vão ser cruzadas com os dados de pacientes que necessitam de transplantes, para determinar a compatibilidade. Esse cadastro fica no REDOME – que é o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea. REDOME – Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea — Foto: Reprodução/TV Globo Em pessoas que não são da mesma família, a chance de se encontrar alguém 100% compatível é de uma em 100 mil. Por isso, é fundamental que quem já está cadastrado, atualize as informações pessoais e básicas – como o endereço e telefone. É por meio desses dados, que o doador vai poder salvar vidas. “É crucial que os dados do doador estejam atualizados, porque a compatibilidade com o paciente que precisa de um transplante de medula, ele perpassa pela localização daquele doador e uma localização que ela acontece a partir dos dados estarem atualizados no sistema do REDOME”, diz Thiago Sindeaux, analista da assessoria de captação e cadastro Hemominas. Mais de 5,5 milhões de pessoas estão cadastradas no REDOME. E o número de pacientes em busca de doador chega a quase 650. Mas entre 2019 e 2022, o número de cadastros caiu 62%. 650 pessoas aguardam transplante de medula óssea — Foto: Reprodução/TV Globo Além da falta de novos doadores, a hematologista Tamara Alves explica que a dificuldade de encontrar um doador compatível torna o transplante uma corrida contra o tempo. “Às vezes aquele paciente não teve tempo. A doença não permitiu que ele esperasse encontrar um doador. Então, quanto mais paciente cadastrado, a gente também tem uma probabilidade maior de conseguir doadores”, diz. O Arthur Castro considera que ganhou na loteria sozinho. Ele conseguiu uma medula óssea de um doador 100% compatível e desconhecido. Só tem a agradecer. “Graças a Deus foi bem impactante para nós e muito feliz. Um presente de Deus mesmo, viu?”, celebra. Falta de atualização no cadastro de doação de medula óssea pode impedir que vidas sejam salvas; entenda — Foto: Reprodução/TV Globo

Postagens relacionadas

Cannabis: o que dizem pacientes e pesquisadores sobre uso medicinal da planta

Madonna no Rio; FOTOS

Saia cedo para ver Madonna de perto: veja em MAPAS como chegar a Copacabana e sem perrengue