A enfermeira inglesa Lucy Letby, que foi condenada no mês passado à prisão perpétua pelo assassinato de sete recém-nascidos, pode ter matado mais três bebês e tentado assassinar outros 15, afirmou um pediatra.
Dewi Evans, que atuou como perito durante o julgamento da enfermeira, trouxe informações sobre a morte de outras crianças que não faziam parte do caso, afirmou o tabloide britânico Daily Mail.
Ele suspeita que cinco crianças tenham sobrevivido, incluindo uma potencialmente envenenada com insulina. Ao podcast Trial of Lucy Letby (O Julgamento de Lucy Letby), Evans acrescentou que identificou mais dez crianças que poderiam ter sido vítimas dos ataques de Letby.
Todas provavelmente tiveram seu tubo de respiração adulterado pela enfermeira assassina, cujo “modus operandi mudou ao longo do tempo”, ele disse.
Em 21 de agosto, Lucy, de 33 anos, foi condenada à prisão perpétua, sem possibilidade de condicional — uma pena incomum na Justiça inglesa —, por ter assassinado sete bebês e tentado matar outros seis na unidade neonatal do Hospital Countess of Chester.
Na semana passada, a seção criminal do tribunal de apelação revelou que a enfermeira, que sempre alegou inocência, quer recorrer dessa sentença. Seus advogados pretendem apresentar recurso contra a pena por todos os crimes pelos quais ela foi condenada.
Contudo, o pedido de recurso ainda precisa ser aceito por um juiz antes de ser instruído. Além disso, a promotoria vai realizar, em 25 de setembro, outra audiência relacionada ao caso, na qual decidirá se Lucy também será julgada por tentativa de assassinato de outros seis bebês.
Após o julgamento, fontes disseram ao jornal The Guardian que os detetives identificaram cerca de 30 outros bebês, além dos 17 que foram destaque no julgamento, que podem ter sido prejudicados por Letby. Todos sobreviveram.
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