O presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), desmarcou a reunião que teria com a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, nesta quarta-feira (20). Ele tinha pedido uma audiência com a ministra para discutir as recentes decisões da Corte que permitiram a duas pessoas o não comparecimento para depor no colegiado. Maia afirmou que “refletiu melhor” sobre a audiência e endendeu que “não faria nenhum sentido a dita reunião uma vez que a Advocacia do Senado já interpôs recursos” contra as decisões do Supremo. • Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram “Neste momento, cabe exclusivamente aos respectivos ministros decidirem de acordo com as suas convicções e com o melhor Direito. Assim sendo, preferi desmarcar a audiência que estava agendada com Sua Excelência, ministra Rosa Weber, ressaltando a nossa gratidão e apreço pela boa vontade de ter atendido nosso pedido tão logo solicitado. Mas, ressalto: realmente não faria sentido levar à presidente um assunto que ela não pode interferir“, disse Maia em nota. O presidente da CPMI também disse que vai tratar do assunto com os presidentes do Senado e da Câmara. Segundo ele, se os presidentes acharem oportuno, há a possibilidade de se posicionarem de ” maneira definitiva acerca das convocações” por meio de uma Ação Direta de Preceito Fundamental (ADPF). Na segunda-feira (18), o ministro do STF André Mendonça afastou a obrigatoriedade do comparecimento à CPMI do tenente Osmar Crivelatti, ex-coordenador administrativo da Ajudância de Ordens de Jair Bolsonaro (PL). Ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal em agosto sobre o esquema de venda ilegal de joias recebidas por Bolsonaro em viagens oficiais. Em 12 de setembro, uma decisão monocrática do ministro Nunes Marques também autorizou a ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) Marília Ferreira de Alencar a não comparecer à CPMI.
