Redução da Selic barateia pouco crédito e prestações

Redução da Selic barateia pouco crédito e prestações

A decisão do Banco Central de reduzir a taxa Selic, levando-a a 12,75% ao ano, teve um efeito limitado na redução dos custos do crédito e das prestações, de acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Isso se deve ao impacto diluído na ponta final, resultante da grande discrepância entre a taxa básica e as taxas efetivas de juros a prazos mais longos, fazendo com que os tomadores de novos empréstimos sintam pouco os efeitos da política de afrouxamento monetário. Conforme a Anefac, a taxa média de juros para pessoas físicas passará de 124,76% para 123,75% ao ano. Para pessoas jurídicas, a taxa média diminuirá de 60,97% para 60,23% ao ano. A Selic, por sua vez, caiu de 13,25% para 12,75% ao ano. Leia também: Caixa e Banco do Brasil cortam juros para pessoas físicas e empresas após redução na Selic Ao financiar uma geladeira no valor de R$ 1,5 mil em 12 parcelas, o comprador economizará apenas R$ 0,39 por prestação e R$ 4,65 no total com a nova taxa Selic. No caso de um cliente que utiliza o cheque especial com um saldo de R$ 1 mil por 20 dias, a economia será de apenas R$ 0,27. No cenário de utilizar R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente gastará R$ 1,20 a menos. Um empréstimo pessoal de R$ 5 mil com duração de 12 meses terá uma redução de R$ 1,24 por prestação e R$ 14,87 no valor total após o pagamento da última parcela. Leia também: Economia Cresce 2,7% No Trimestre Encerrado Em Julho Para as empresas, empréstimos de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias terão uma redução de R$ 62,61, enquanto o desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias ficará R$ 24,95 mais barato. A utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias custará R$ 2,67 a menos. Assim, a redução da Selic, embora significativa, tem um impacto limitado nas taxas de juros efetivas e nas prestações, devido à complexidade do sistema financeiro e à diferença substancial entre a Selic e as taxas efetivas de empréstimos de longo prazo. Poupança A Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) conduziu uma análise sobre o impacto da nova taxa Selic nos rendimentos da poupança. Com a Selic a 12,75% ao ano, a poupança supera os fundos de investimento apenas em situações específicas, quando o prazo de aplicação é curto e as taxas de administração dos fundos são elevadas. Conforme as simulações realizadas, a poupança oferece rendimentos superiores aos fundos em somente dois cenários: quando a aplicação tem duração de até dois anos, em comparação com fundos que cobram uma taxa de administração de 3% ao ano, e quando a aplicação se estende por até seis meses, em relação a fundos com uma taxa de administração de 2,5% ao ano. No caso de comparação com fundos que possuem uma taxa de administração de 2,5% ao ano, a poupança oferece o mesmo rendimento quando o montante permanece investido por um período entre seis meses e um ano. A vantagem dos fundos persiste mesmo com a incidência de Imposto de Renda e das taxas de administração. Isso se deve ao fato de que a poupança, apesar de isenta de tributação, oferece um rendimento de apenas 6,17% ao ano (0,5% ao mês), acrescido da Taxa Referencial (TR), a qual aumenta à medida que a Selic se eleva. Esse rendimento da poupança é aplicado quando a Selic se mantém acima de 8,5% ao ano, uma condição que se verifica desde dezembro de 2021.

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