Estudo desvenda o mistério do sono canino, mostrando que cães não apenas ouvem, mas também interpretam e reagem a estímulos variados enquanto dormem. Uma pesquisa recente da Universidade Eötvös Loránd, localizada na Hungria, está mudando nossa compreensão sobre os processos cognitivos dos cães enquanto dormem. O estudo revela que, assim como humanos e outros mamíferos, os cães também são capazes de processar estímulos variados durante o sono profundo. Descobertas sobre o sono canino Imagem: Alexander’s Image Segundo os pesquisadores, a habilidade de processar informações do ambiente durante o repouso é fundamental para a sobrevivência de várias espécies de mamíferos. Este novo estudo fornece dados adicionais sobre o tema, preenchendo uma importante brecha acadêmica acerca do comportamento canino durante o sono. Para a realização do experimento, um grupo de 13 cães foi equipado com dispositivos de eletroencefalografia (EEG), que medem a atividade elétrica do cérebro. Durante a fase de sono profundo, esses cães foram expostos a uma série de sons diversificados, que incluíam tanto vocalizações caninas quanto vozes humanas. Surpreendentemente, os dados coletados mostraram que os sons produzidos por seres humanos despertavam respostas cerebrais mais positivas nos cães do que os emitidos por seus pares caninos. A pesquisa também indica que os cães são capazes de diferenciar entre diferentes tipos de sons e as emoções que eles podem transmitir. Cérebro dos cães durante o sono “Esses achados apontam para uma complexidade anteriormente subestimada no processamento cerebral dos cães durante o sono”, comentou um dos pesquisadores envolvidos. “Eles não apenas escutam, mas também interpretam e reagem a diferentes tipos de estímulos emocionais e sociais durante o sono profundo”. Esta pesquisa pode ter implicações significativas para a compreensão da cognição canina, bem como para os tratamentos comportamentais de cães. Além disso, levanta questões intrigantes sobre as semelhanças cognitivas entre diferentes espécies de mamíferos. O estudo abre caminhos para futuras investigações em um campo que continua a fascinar cientistas e amantes de animais, enquanto nos faz repensar o que realmente sabemos sobre nossos melhores amigos de quatro patas.