Lar Politica ‘Não há sentimento revanchista em relação ao STF’, diz Pacheco sobre aprovação do marco temporal

‘Não há sentimento revanchista em relação ao STF’, diz Pacheco sobre aprovação do marco temporal

por Hellen Leite do R7 em Brasilia
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quarta-feira (27) que a aprovação do projeto de lei do marco temporal das terras indígenas não representa um embate com o Judiciário. Na semana passada, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou contra a tese que estabelece um marco temporal para a demarcação das terras indígenas.  “Eu tenho visto algumas notícias em relação a este tema como se fosse algo de enfrentamento do Senado Federal e do Congresso Nacional ao Supremo Tribunal Federal e quero afirmar aqui, com absoluta sinceridade, com toda a franqueza, que absolutamente, de nossa parte, não há nenhum tipo de sentimento revanchista em relação à Suprema Corte do nosso país”, disse Pacheco. O projeto de lei foi aprovado no plenário do Senado por 43 votos favoráveis. Outros 21 senadores foram contrários à medida. De acordo com a tese, os povos indígenas só terão direito aos territórios que já ocupavam ou disputavam até a data de promulgação da Constituição — 5 de outubro de 1988. O texto agora vai para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. • Compartilhe esta notícia no WhatsApp• Compartilhe esta notícia no Telegram Ao encerrar a votação, Pacheco afirmou que o Congresso não pode se “omitir daquilo que é o dever” do Legislativo. “A definição das normas e das leis de um país passam necessariamente pelo Congresso Nacional brasileiro, pela Câmara dos Deputados, pelo Senado Federal, num sistema de processo legislativo que envolve, após o Executivo, no caso de projeto de lei, de sanção ou de veto, e a declaração de inconstitucionalidade ou não”, completou o presidente do Senado. Na discussão no STF, a maioria dos ministros votou pela derrubada da tese do marco temporal. Eles ainda decidiram que deve haver indenização a pessoas que adquiriram terras de boa-fé. O governo federal pretende apresentar uma solução alternativa ao marco temporal, independentemente do entendimento do Congresso e do STF. A ideia é propor também um projeto que garanta indenização aos ruralistas que, de boa-fé, tenham ocupado terras consideradas indígenas concedidas pelo Estado.

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