Uma criatura marinha que mais parece um “alienígena” do que um animal do nosso planeta foi finalmente identificada por cientistas após cinco anos de análises. O ser foi filmado pela primeira vez em 2018, e conta com organismos em forma de larvas e pequenos olhos na “barriga”. O pequeno ser vivo foi capturado na costa japonesa pelo fotógrafo Ryo Minemizu, a mais de 15m de profundidade. Imediatamente ele deixou biólogos em dúvida em relação a que se tratava: se era algum tipo de peixe, crustáceo, molusco ou verme. • Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram Após uma pesquisa mais profunda, biólogos da Universidade de Viena, na Áustria, determinaram que o animal era uma colônia de dois tipos de larvas parasitas que nadam e sobrevivem como um único organismo. Eles descobriram que os “tentáculos” eram, na verdade, seres vivos individuais, apelidados de “marinheiros” e presos a uma bolha que transportava mais de mil larvas. As duas colônias se juntaram para conseguir adquirir um formato parecido com o de uma presa indefesa e inofensiva, para assim infectarem o estômago de algum predador após serem ingeridos. Igor Adameyko, neurobiologista do desenvolvimento da Universidade Médica de Viena, conseguiu uma amostra e revelou que o espécime pertence à família digenenea Acanthocolpidae, provavelmente do gênero Pleorchis, uma espécie de platelminto parasita. Os pesquisadores criaram duas teorias sobre o que os organismos restantes (que não são devorados) fazem, além de nadar para locomover a colônia. Os cientistas afirmaram que eles podem se sacrificar para que as outras larvas consigam infectar o alvo. Outra é que eles podem simplesmente se desenvolver em um hospedeiro, até atingirem a maturidade sexual para se reproduzirem. Vermes canibais e venenosos são vistos na Europa e deixam jardineiros em pânico