A Academia Real de Ciências da Suécia premiou com o Nobel de Física os cientistas Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier pelo estudo de “métodos experimentais que geram flashes de luz de attossegundos para o estudo da dinâmica de elétrons na matéria”. As pesquisas do trio permitiram tirar fotografias de movimentos extremamente curtos, algo necessário no campo dos elétrons, em que as mudanças ocorrem em alguns décimos de attosegundo, equivalente a um quintilhionésimo de segundo. Assim, foi possível medir os processos rápidos nos quais os elétrons se movem ou mudam de energia. “As contribuições dos laureados permitiram a investigação de processos que são tão rápidos que antes eram impossíveis de acompanhar”, diz a Academia Real de Ciências da Suécia. “No mundo dos elétrons, as mudanças ocorrem em alguns décimos de attosegundo”, destaca. Com as pesquisas, os premiados produziram pulsos de luz extremamente curtos medidos em attossegundos, demonstrando, assim, que esses pulsos podem ser usados para fornecer imagens de processos dentro de átomos e moléculas. Em 1987, L’Huillier descobriu que muitos tons diferentes de luz surgiam quando se transmitia um laser infravermelho a partir de um gás nobre. Ela continuou a explorar esse fenômeno, preparando o terreno para avanços seguintes. Em 2001, Agostini conseguiu produzir e investigar uma série de pulsos de luz consecutivos, em que cada pulso durou apenas 250 attossegundos. Ao mesmo tempo, Krausz trabalhava com outro tipo de experimento, que permitia isolar um único pulso de luz com duração de 650 attossegundos.