Após quase cinco anos completos desde o pedido de recuperação judicial, a rede de livrarias alega que não conseguiu cumprir com as ordenações judiciais. A 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Capital decretou, na última sexta-feira (6), a falência da rede de livrarias Saraiva. A solicitação para a falência foi apresentada pela própria empresa como parte do processo de recuperação judicial devido a uma dívida de R$ 675 milhões. A rede de livrarias Saraiva estava em recuperação judicial desde 2018, após não conseguir chegar a acordos para renegociar suas dívidas com fornecedores. Na decisão, o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho reconheceu que não houve o cumprimento do plano de recuperação judicial, ordenando a suspensão de ações e execuções contra a empresa falida, além de requerer a apresentação da relação de credores. Saraiva decreta falência judicial A Saraiva apresentou um pedido de autofalência na Justiça no dia 4 de outubro. A empresa reconheceu que não tem a capacidade de pagar suas obrigações, mesmo após quase cinco anos em processo de recuperação judicial. Em um comunicado divulgado ao mercado, a empresa informou que o pedido foi protocolado no contexto do processo de recuperação judicial, na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo. Essa decisão ocorreu quase duas semanas após o encerramento de todas as suas lojas físicas e a demissão de todos os funcionários que atuavam na operação presencial, mantendo apenas seu funcionamento no e-commerce. A Saraiva alegou que seus negócios começaram a perder ritmo em 2014, principalmente devido à estagnação da economia no Brasil. Naquele período, a empresa afirmou que diversos fatores contribuíram para o impacto negativo em seu faturamento, incluindo: Greve dos caminhoneiros em maio de 2018; Copa do Mundo que afeta o comportamento de compra dos consumidores Problemas de desabastecimento de produtos de tecnologia e telecomunicações; Desafios na implementação de um novo sistema interno de gestão. Esses fatores, combinados com a situação econômica adversa, contribuíram para os desafios enfrentados pela Saraiva nos anos que se seguiram. A empresa buscou a recuperação judicial como uma medida para tentar reestruturar suas finanças e superar essas dificuldades, mas, como mencionado, acabou apresentando um pedido de autofalência.
Saraiva tem falência decretada pela Justiça de São Paulo
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