Diversos cursos superiores são ministrados no formato EaD, e o MEC avalia possibilitar de permitir mais alguns nessa modalidade. Porém, isso tem gerado polêmica. O Ensino a Distância (EaD) tem se destacado como uma ferramenta valiosa para facilitar o acesso à educação e o desenvolvimento profissional de muitas pessoas. Essa modalidade oferece diversas vantagens que contribuem para tornar a busca por conhecimento mais acessível e conveniente. Um dos principais benefícios do EaD é que ele elimina as barreiras geográficas. Afinal, os estudantes não precisam se deslocar fisicamente para a instituição de ensino. Consequentemente, isso é particularmente vantajoso para aqueles que vivem em áreas remotas ou que enfrentam dificuldades de mobilidade. Além disso, fatores como a flexibilidade de horário, economia de tempo e de dinheiro e personalização do aprendizado também são muito impactantes. Porém, nem todos os cursos superiores podem ser ofertados nesses modelos. MEC está pensando sobre Direito, Enfermagem e outros cursos EaD Atualmente, o Ministério da Educação (MEC) tem promovido uma consulta pública para examinar uma medida de considerável controvérsia: a possibilidade de permitir a oferta de cursos de graduação em Psicologia, Direito, Enfermagem e Odontologia. Tal proposta tem suscitado um amplo debate, dividindo opiniões entre os conselhos profissionais que representam essas áreas e as instituições de ensino privadas. A discussão é particularmente relevante devido ao crescimento significativo das inscrições em cursos EAD. Nesse sentido, há três anos ocorreu um marco notável. Em 2020, o número de estudantes matriculados em cursos a distância ultrapassou pela primeira vez o de matriculados em cursos presenciais em instituições de ensino do Brasil. (Imagem: divulgação) A medida encontra resistência Os conselhos profissionais, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e os conselhos federais de Enfermagem, Psicologia e Odontologia, expressam preocupações relacionadas à qualidade da formação. Os órgãos destacaram que cursos que envolvem habilidades práticas não podem ser eficazmente ministrados sem a interação direta com pacientes e equipamentos de saúde. Por outro lado, as instituições de ensino superior que apoiam o EAD defendem que tal modalidade representa uma ferramenta para democratizar o acesso à educação, permitindo que cursos sejam oferecidos a estudantes em áreas remotas, expandindo o alcance da formação acadêmica. Contudo, até o momento, o MEC não especificou quais regulamentações relacionadas ao EaD serão debatidas na consulta pública. A discussão aborda um dilema fundamental entre a acessibilidade à educação e a garantia da qualidade da formação, sendo acompanhada de perto por diversas partes interessadas no campo educacional brasileiro.