O número de roubos de carros no estado de São Paulo está no menor patamar da história para anos “normais”, ou seja, sem a pandemia causada pela Covid-19, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública). De janeiro a agosto o número ficou em 24.235, 64% a menos do que em 2014, pior ano da série histórica, que registrou 67.781 casos. Este número, segundo o órgão, só fica atrás dos de 2020 e 2021, anos atípicos de pandemia, que teve pouco mais de 20 mil casos. Na capital, este tipo de crime também caiu e se aproxima de índices registrados em 2020 e 2021. Foram 9.727 casos de janeiro a agosto deste ano, 72% a menos no que em 2001, que teve 34.716 registros e é o pior ano da série histórica. A Grande São Paulo também registrou os menores índices deste crime em anos sem pandemia. Foram 7.980 casos contra 19.948 em 2001, uma queda de 60%. Na comparação direta com o ano passado, os números também caíram. De janeiro a agosto houve uma queda de 4% nos roubos de veículos na capital em comparação ao mesmo período do ano passado. Na região metropolitana, a queda foi de 9,4%. Já no Estado o número de registros caiu 5,4%. Para a secretaria, o resultado é “fruto do policiamento ostensivo e investigativo das polícias Militar e Civil”. • Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram Operação Impacto Desde o começo do ano a PM desencadeou a Operação Impacto, que reforçou o policiamento com 17 mil agentes nas ruas diariamente. Na última semana, três integrantes de uma quadrilha especializada em roubos de veículos foram presos em São Bernardo do Campo. Dias antes, outras cinco pessoas também já haviam sido detidas pelo mesmo crime no Grande ABC. Investigação Já a Polícia Civil tem intensificado a fiscalização em ferros-velhos, desmanches e lojas de peças automotivas para identificar receptadores que alimentam este tipo de crime. Na capital, a Divecar (Divisão de Investigações sobre Furtos, Roubos e Receptações de Veículos e Cargas) faz operações constantes para fechar desmanches e comércios ilegais de peças. No último dia 5 uma loja no centro da capital foi fechada por vender milhares de peças de carros e motos sem nota fiscal. As ações também se estendem para o interior. No dia 6 de outubro, policiais da Deic fecharam 11 locais que vendiam peças automotivas sem origem comprovada. Muralha Paulista Além do policiamento ostensivo, a gestão promoveu um aprimoramento da tecnologia para localizar carros roubados e furtados por meio de convênios do Muralha Paulista. Em janeiro havia apenas 177 convênios com prefeituras e entidades para a integração das câmeras de monitoramento no sistema da polícia. Hoje este número saltou para 609, um aumento de 244%. Também houve a integração com o sistema Córtex, do Ministério da Justiça, para monitoramento em rodovias federais. O uso desta tecnologia de reconhecimento de placas permitiu que 6.503 veículos fossem recuperados de janeiro a agosto. Roubo de motos de luxo Os casos de roubos de motos de alta cilindrada ao longo do ano foram tema de cinco encontros realizados pelas forças de segurança do Estado, no Centro Integrado de Comando e Controle, na capital paulista. O trabalho desenvolvido em parceria com as vítimas e com os grupos de motociclistas resultou em um relatório encaminhado à Polícia Civil. A autoridade policial está investigando as quadrilhas envolvidas nesses crimes. As informações ajudarão, também, no emprego de policiais e no direcionamento de ações específicas para combater os roubos. Atualmente, há ações desencadeadas que são direcionadas para determinado local com uma rápida resposta por meio da operação Saturação, conforme os crimes são denunciados. No entorno da Grande São Paulo, a Polícia Militar Rodoviária, por meio do 6º Batalhão de Polícia Rodoviária, está atuando nas regiões de Guarulhos, São Paulo e São José dos Campos com foco no combate a esses crimes. O efetivo, com uso de motos, opera nos horários de maior incidência de roubos, conforme os registros de Boletins de Ocorrências.