As primeiras análises dos óculos inteligentes da Meta e da Ray-Ban começaram a ser publicadas nesta terça-feira (17). Apesar de ser um acessório bastante útil, ele já acumula críticas que podem ser problemas importantes quando o dispositivo for lançado de forma definitiva.Assim como aconteceu com o Google Glass em 2013, um dos problemas mais marcantes dos óculos inteligentes da Meta é a questão da privacidade. O acessório conta com câmeras apontadas para a frente do rosto do utilizador, mirando em tudo que está a sua frente, incluindo pessoas.Leia mais: Febre da transparência: 8 gadgets tecnológicos que são sucessoA questão da privacidade ainda precisa ser tratada no novo óculos da Meta.Fonte: Meta O analista do Android Central ressaltou que sempre que passava por alguém na rua, ele se sentia desconfortável em virar os óculos para ela, mesmo que soubesse que não estava gravando.Veja também: Meta Quest 3: headset de realidade mista é lançado com alta resolução e 512 GBSegundo ele, a principal preocupação era ser mal interpretado pelas pessoas que conhecem o dispositivo. Se alguém reconhecesse o óculos, poderia se sentir invadida pelo analista, tal qual acontece caso você mire o celular para alguém na rua.IA limitadaOs óculos inteligentes da Meta + Ray-Ban também não são tão espertos assim. Eles contam com inteligência artificial da Meta que, apesar de atender demandas básicas, não é tão eficiente quanto outros modelos generativos mais maduros.Embora útil para atividades banais, a inteligência artificial da Meta ainda é bem limitada.Fonte: Meta A analista do Engadget, Karissa Bell, ressalta que o óculos tem conhecimento limitado aos fatos ocorridos até dezembro de 2022. Tudo que aconteceu no mundo após essa data não é respondido com precisão, exceto a previsão do tempo.Confira: Criador de figurinhas com IA do Facebook gera figurinhas bizarras; confiraAlém disso, a IA também seria bem lenta para responder aos comandos, ressaltou um analista do site VentureBeat.Autonomia deixou a desejarOutra crítica acerca dos óculos smart foi a autonomia — ou falta dela. Testadores do Android Central alegam que o acessório não dura muito tempo fora do carregador, funcionando por cerca de 3h30 usado para chamadas, música, fotos e perguntas para IA.A autonomia do novo óculos não é das melhores.Fonte: Meta Algo semelhante foi a opinião do site How-to Geek. Após uma chamada de vídeo de 30 minutos, a bateria do dispositivo caiu cerca de 20%.É um bom começoAinda que esses problemas sejam importantes para definir o futuro dos óculos inteligentes da Meta e Ray-Ban, ele ainda é um incrível salto tecnológico. O acessório consegue abrigar funções importantes num tamanho compacto, estiloso e capaz de lidar com tarefas num nível semelhante a de um smartphone.Saiba mais: Meta deve apostar em headsets mais baratos para disputar com óculos da AppleAtualmente, o dispositivo está em pré-venda nos Estados Unidos. Ele custa a partir de US$ 299 (R$ 1.515, em conversão direta) e não há previsão para lançamento em outros países.