No início do mês de outubro, a empresa centenária decretou falência mesmo após passar por um longo processo de recuperação judicial. A Saraiva (SLED3; SLED4) apresentou, no início de outubro, um pedido de autofalência perante a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central, da Comarca da Capital do Estado de São Paulo. Noticiamos esse fato logo que foi divulgado, como você pode ver neste artigo. A empresa também divulgou em um comunicado relevante ao mercado que a RSM não mais atua como prestadora de serviços de auditoria independente para a Saraiva. No final do mês anterior, a livraria demitiu seus funcionários e encerrou todas as operações em suas lojas físicas. Seguindo essa mesma linha de recuperação judicial, ela passou a operar exclusivamente por meio de seu comércio eletrônico. O declínio de uma das maiores livrarias do país (Imagem: divulgação) A Saraiva operava com lojas físicas pelo Brasil inteiro e já foi a maior rede de livrarias do país, com cerca de 100 lojas. Uma dívida de R$ 675 milhões teria sido a causa da falência. Em 2018, a Saraiva tomou a decisão de fechar 20 de suas lojas em um único dia, em outubro. Na sequência desse movimento, a rede ficou com um total de 84 unidades e manteve seu comércio eletrônico. Um mês após tal redução, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial, revelando uma dívida acumulada na época de R$ 674 milhões. Nos anos que se seguiram, sem conseguir se recuperar, a Saraiva foi obrigada a fechar mais unidades. Ainda no mês de setembro, Jorge Saraiva Neto renunciou aos cargos de presidente, diretor de relações com investidores e membro do conselho de administração da Saraiva. Além disso, Oscar Pessoa Filho também deixou o cargo de diretor vice-presidente da empresa. O dramático declínio da Saraiva é um triste exemplo das consequências da crise que o mercado editorial tem enfrentado nos últimos anos.