Dino diz que plano de intervenção em presídios deve ser entregue antes do prazo dado pelo STF

Dino diz que plano de intervenção em presídios deve ser entregue antes do prazo dado pelo STF

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta quinta-feira (19) que os problemas do sistema penitenciário devem ser enfrentados com urgência e que o objetivo é entregar o plano de intervenção determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) antes dos seis meses de prazo. A declaração ocorreu após reunião com o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. “As grandes facções criminosas que atuam em todo o Brasil surgiram no ventre do sistema penitenciário. No próximo ano, nós teremos 40 anos da Lei de Execução Penal, e, portanto, é muito oportuno que o CNJ [Conselho Nacional de Justiça] traga essa pauta de trabalho, e esse prazo de seis meses vai ser cumprido. Disse ao ministro Barroso que nosso objetivo, inclusive, é entregar esse plano antes disso, para mostrarmos exatamente esse empenho do governo”, disse Dino. “Foi uma reunião em que nós deixamos claro que não é uma posição adversária do Supremo em relação ao Executivo. Pelo contrário, é um projeto comum que nós vamos procurar desenvolver de melhoria do sistema carcerário, que é não apenas uma questão de proteção dos direitos humanos básicos das pessoas internas, mas melhorar o sistema carcerário é melhorar a segurança pública da sociedade, porque o sistema carcerário infelizmente realimenta a criminalidade e a violência”, ressaltou Barroso. Em 4 de outubro, o Supremo determinou que o governo deve elaborar um projeto nacional de intervenção no sistema prisional, com prazo de seis meses para a apresentação e três anos para a execução. Além disso, os ministros fixaram um prazo de mais seis meses para apresentação dos planos dos estados e do Distrito Federal. Os ministros também determinaram que o CNJ realizará um estudo para regular a criação de número de varas de execução proporcional ao número de varas criminais e ao quantitativo de presos. Na ação analisada pelos ministros, o PSOL pedia ao tribunal que fosse determinada ao governo federal a elaboração de um plano nacional para viabilizar “a superação das graves violações aos direitos fundamentais dos presos em todo o país, especialmente nas questões da superlotação dos presídios, do hiperencarceramento, da diminuição do número de presos provisórios e da adequação das instalações e alojamentos dos estabelecimentos prisionais aos parâmetros normativos vigentes”. A ação foi proposta em 2015. No mesmo ano, em decisão liminar, foi declarado no plenário do STF o “estado de coisas inconstitucional” nos presídios brasileiros. Os ministros entenderam que as unidades prisionais do país são parecidas com “masmorras medievais”.

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