O fim de algumas sanções comerciais com o governo norte-americano está entre as moedas de troca
– Redação Oeste
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, começou a libertar cinco presos políticos. Trata-se de uma negociação histórica com a oposição e com os Estados Unidos, ocorrida na terça-feira 17, em Barbados.
O regime de Maduro assinou um acordo de roteiro eleitoral com a Plataforma Unida da Venezuela. O líder comunista se comprometeu em garantia de eleições presidenciais livres em 2024, com a presença de observadores internacionais.
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Essa decisão entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição levou os EUA a também fazerem um acordo, segundo informou o Departamento de Tesouro Norte-Americano.
O acordo prevê a suspensão temporária, por 6 meses, das sanções ao petróleo, ao gás e ao ouro venezuelanos. O governo Biden fez o anúncio na manhã da quarta-feira, no mesmo dia do inicio da libertação dos presos.
O Gabinete de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro Norte-Americano emitiu uma licença. O documento “autoriza temporariamente transações relacionadas com o setor do petróleo e gás na Venezuela”.
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O texto ressalta, ainda, que as sanções só serão renovadas se Caracas cumprir os seus compromissos.
Os EUA apelaram para o fim das desqualificações de políticos e para a libertação de todos os presos políticos no país controlado por Maduro.
Os cinco presos que foram libertados entre a noite de quarta-feira e a madrugada de quinta-feira, são:
- o ex-deputado Juan Requesens, acusado de tentativa de assassinato contra o ditador Nicolás Maduro;
- o jornalista Roland Carreño, próximo do líder opositor Juan Guaidó, exilado nos EUA;
- o estudante Marco Garcés Carapaica;
- Mariana Barreto, presa por participar de protestos em 2019; e
- Eurinel Rincón, ex-secretária do Ministério da Defesa.
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O governo comunista venezuelano segue mantendo 268 presos políticos, de acordo com a ONG Foro Pena.