Ex-secretário e advogado suspeitos de envolvimento em esquema na Saúde são presos durante operação em MT

Ex-secretário e advogado suspeitos de envolvimento em esquema na Saúde são presos durante operação em MT

A TV Centro América tentou contato com a defesa do ex-secretário e com o advogado, mas não obteve retorno até esta publicação. De acordo com a Polícia Civil, também foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal, nas cidades de Sinop, Cuiabá, Várzea Grande, Praia Grande (SP) e São Vicente (SP). As ordens judiciais foram expedidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, contra 34 investigados. Além disso, a polícia aponta que ao menos 13 pessoas são alvos de medidas cautelares, distintas da prisão, que incluem restrições como a proibição de acessar as instalações administrativas da Saúde do Município de Sinop, a proibição de estabelecer contato com outros investigados, a restrição de deixar a Comarca sem permissão do Juiz, a entrega do passaporte e a obrigação de se apresentar regularmente perante o Tribunal. Durante as investigações, também, foi determinado o bloqueio de valores das contas bancárias de 34 pessoas físicas e jurídicas, sequestro de bens móveis de 21 investigados e o sequestro de bens imóveis de outros oito alvos, a fim de restituir aos cofres públicos o total de R$ 87.419.285,01, que corresponde ao valor total de três contratos estabelecidos entre Sinop e a organização social encarregada da gestão da saúde na cidade. O Poder Judiciário determinou ao município que, em um período de 10 dias, examine a possibilidade de encerrar o contrato com a organização social, e, também, prepare um detalhado relatório abordando quaisquer irregularidades que possam ter sido cometidas por essa mesma organização social. Ainda foi estipulado que o município utilize o valor de R$ 1.798.790,20, que foi disponibilizado pela organização social sob investigação como garantia para o Contrato n.º 58/2023, que está atualmente em vigor. Esse valor deve ser alocado para financiar os custos relacionados à assistência à saúde da comunidade durante o período de ocupação temporária. Também, com o objetivo de garantir a manutenção contínua dos serviços de saúde na cidade, o Tribunal determinou a interrupção de todos os pagamentos programados ou comprometidos à organização social. O Judiciário concedeu a permissão para compartilhar as evidências da investigação e toda a documentação relacionada aos contratos com o Tribunal de Contas do Estado, a fim de conduzir uma auditoria. Além disso, autorizou-se a subdivisão da investigação em dois novos inquéritos policiais, resultando, portanto, em um total de três investigações, devido à extensão e complexidade do suposto esquema criminoso descoberto. Ex-secretário já foi investigado por esquemas na saúde Em janeiro, Célio foi alvo da Operação Hypos em que investigou um suposto esquema que teria se instalado na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, em 2021. Conforme a investigação, em tese, foram autorizados pagamentos para uma empresa que não possuiria sede física no local informado em seu registro formal, o que levou à suspeita de que seria uma empresa fantasma com sócios administradores laranjas. Célio Rodrigues, novo secretário de Saúde de Cuiabá — Foto: Assessoria Na denúncia do MPMT, a empresa envolvida na compra dos remédios seria de fachada, de acordo com as provas indicadas no processo, na qual apontam para a inexistência da empresa, como ausência de endereços, de contatos telefônicos e de autorização para venda de medicamentos junto aos órgãos de fiscalização. Além disso, a polícia encontrou indícios que sugerem que os pagamentos foram para a aquisição de medicamentos que, a princípio, não possuíam comprovação de ingresso na farmácia da Empresa Cuiabana de Saúde Pública e que nunca teriam chegado ao estoque. Outras prisões Célio Rodrigues, ex-secretário de Saúde de Cuiabá, é preso em Cuiabá — Foto: Luiz Vieira/TVCA O nível de aproximação entre as atividades públicas e privadas dos investigados envolveu a aquisição de uma cervejaria artesanal, em que se associaram, de forma oculta, o então secretário e o proprietário do grupo empresarial investigado.

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