Aos 94 anos, a estudante mais velha do mundo se matriculou na escola após a morte de seu marido

Aos 94 anos, a estudante mais velha do mundo se matriculou na escola após a morte de seu marido

“Fiquei sozinha, não tinha o que fazer, então fui para a escola”, conta a senhora pernambucana de 94 anos, a estudante mais velha do mundo que decidiu ir para a escola após a morte de seu marido. Natural de Belém do São Francisco, no interior de Pernambuco, Dona Edelzuíta tem nove filhos, 15 netos, três bisnetos e um trineto. Ela está matriculada no terceiro módulo após a alfabetização no Centro de Estudos de Jovens e Adultos (EJA) João Barracão, em Petrolina, Pernambuco, onde mora. Sua matéria favorita é matemática. A senhora, agora em época de prova, conta que não erra um capítulo cobrado nos exames. Mesmo sem conseguir ir à escola, ela conta que sempre teve vontade de aprender. “Eu via meus filhos estudando e eu tinha vontade de estudar também. Eu levava e buscava eles na escola, mas era com vontade de ficar lá também”, conta a senhora de 94 anos. Maria Edelzuíta de Souza, também chamada de Dona Edelzuíta, conta que seu pai não a deixava ir à escola quando criança, para não aprender a escrever cartas para supostos namorados. Em casa, sua mãe a ensinou o alfabeto e a ler apenas a Bíblia. A senhora também não pôde ir à escola quando saiu da casa dos pais após ter se casado, uma vez que tinha que cuidar dos filhos. O casal se mudou para Petrolina e a senhora começou a trabalhar como caixa de uma empresa de transportes. Após aposentada, passou a ficar em casa, cuidando dos filhos e das tarefas domésticas. A morte de seu marido, José Rufino de Souza, com quem foi casada por 60 anos, foi o que a motivou a se matricular na escola. Ela conta que estava sozinha e entediada. Após voltar para casa, ela normalmente faz seu dever e vai dormir. Ela conta que em alguns dias, acorda no meio da noite e, achando que já é o dia seguinte, levanta animada querendo ir para a escola de novo. “Se eu não morrer, eu vou me formar ainda, porque eu tenho vontade de estudar muito”, diz a senhora. Após se formar, Dona Edelzuíta quer fazer faculdade de enfermagem para cuidar das pessoas. E ainda sonha em escrever um livro sobre sua vida. “Uma pessoa com 94 anos tem muito o que contar. Eu ainda tenho muito o que dizer”.

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