Política Homem conseguiu emprego depois de obter liberdade condicional, mas será dispensado e não terá onde recarregar a tornozeleira Cristyan Costa – 20 out 2023 13:38 a- A+ Compartilhe de Presente Convide seus amigos para ler este artigo da Oeste. Como assinante você pode liberaraté 2 conteúdosda revista por edição. Foto: Reprodução O defensor público José do Nascimento Junior cuida de um caso peculiar envolvendo o 8 de janeiro: um morador de rua foi preso com os demais manifestantes naquela data. O cliente, que Junior pediu para não revelar o nome, ficou sete meses preso na Papuda. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante o julgamento dos primeiros réus do 8 de janeiro – 14/9/2023 | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo Ao deixar o presídio em liberdade condicional, conseguiu um emprego em uma chácara em Riacho Fundo (DF). No local, ele carregava a tornozeleira eletrônica. Agora, contudo, prestes a ser demitido, vai voltar às ruas, e, por não ter endereço fixo, pode voltar à cadeia, por supostamente descumprir a medida restritiva. Quem é o morador de rua preso no 8 de janeiro? Júnior disse a Oeste que, no início da semana, fez um apelo ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), explicando a situação do cliente. Na petição, ele ainda contou as circunstâncias na qual o homem foi detido. De acordo com Junior, o morador de rua frequentava o acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, na cidade de São Paulo, onde recebia alojamento e comida. Ele veio a Brasília em um ônibus fretado para o ato na capital federal. Ao chegar, participou dos protestos e acabou preso no plenário do Senado. Além disso, o homem tem transtornos mentais. “Ele também tem história marcado por abandono infantojuvenil e vivência em orfanato”, disse o defensor público. “Na vida adulta, como morador de rua, frequentava o Centro de Acolhida em São Paulo.” Leia também: “O triunfo da injustiça”, reportagem publicada na Edição 182 da Revista Oeste