Natural de Barbacena, a beata brasileira foi brutalmente assassinada aos 20 anos em 1982, em Juiz de Fora, por um homem que montava um guarda-roupa na casa dela. “Isabel Cristina: uma história de martírio” também estreia gratuitamente às 20h no canal da Lumine no YouTube. Ponto de partida Beata Isabel Cristina terá história contada em filme-documentário, 40 anos após morrer O filme surgiu de uma proposta do santuário para a produtora de filmes religiosos, Lumine. No mês de dezembro de 2022, às vésperas da cerimônia de beatificação, deram início aos preparativos para produção e filmagem. Participantes do processo de beatificação, assim como familiares da beata, foram entrevistados para a produção. Uma das reuniões foram com o tio da Isabel, Miguel Mrad. Ele foi um dos que ajudaram a reconhecer o corpo. Ainda foram feitos registros da celebração que elevou a beata à honra dos altares e o translado dos restos mortais do Santuário de Nossa Senhora da Piedade para a Capela feito em nome dela. Detalhes sobre a obra Atriz Cris Eifler vai atuar como Isabel Cristina no filme que retrata a vida da beata — Foto: Lumine/Divulgação A obra mistura cenas de documentário e ficção para narrar a vida da jovem que, em 2022, foi declarada beata pela Igreja Católica. Serão apresentados depoimentos de familiares, amigos, moradores da cidade e autoridades da igreja. Nas cenas ficcionais, os cineastas do filme, Gustavo Leite e Julia Sondermann, junto à atriz Cris Eifler, que interpreta Isabel Cristina, reconstituem episódios da vida dela. Mas uma parte importante da história é que foi decidido não mostrar o crime, como os diretores explicaram: “A porta se fecha e não vemos o que acontece. Achamos que essa era a forma mais honrada e respeitável de contar a história dela, sem deixar de abordar o que aconteceu” Quem foi Isabel Cristina? Isabel Cristina, brasileira que será beatificada daqui um mês — Foto: Arquidiocese de Barbacena Isabel Cristina Mrad Campos nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena. Filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos, ela se mudou para Juiz de Fora em 1982, para fazer um curso pré-vestibular para medicina. No dia 1º de setembro do mesmo ano, um homem contratado para montar um guarda-roupa no apartamento onde ela morava com o irmão, tentou violentá-la. A jovem enfrentou à violência, mas foi golpeada por uma cadeira na cabeça, amarrada, amordaçada e teve as roupas rasgadas. Como resistiu ao estupro, ela foi morta com 15 facadas, aos 20 anos. Conforme a Arquidiocese de Mariana, Isabel tinha uma vida normal, estudava, namorava e participava de festas, mas tinha uma vida de oração, era dedicada à Igreja Católica e sonhava em ser pediatra para ajudar crianças carentes. “A Cristina foi um exemplo para os jovens, é aquela história que vale a pena”, disse Bernadete Andrada, amiga de infância de Isabel. E continuou: “a santidade pode ser para todos. Soube amar, ela viveu a fé, o mais importante da vida ela teve”. A forma como foi morta, mas sobretudo como viveu, motivou um grupo de pessoas a entrar com o pedido do processo para a beatificação da mineira. Mineira Isabel Cristina, que teve morte trágica há 40 anos, é beatificada VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes