Foi durante uma aula de saúde da mulher que Carla, de 34 anos, se tocou e encontrou um nódulo. Daí, marcou uma consulta com um mastologista e, após a realização de exames, foi diagnosticada com a doença. “Fiz a mamografia e ultrassonografia da mama, e realmente tinha um tumor a ser tratado. Fiz a biopsia e em seguida retirei 1/4 da mama. Para mim, descobrir o câncer com 34 anos foi uma mistura de medo, fiquei muito chateada no início, mas também com a certeza que iria dar certo”, explicou. Carla em última sessão de quimioterapia durante tratamento contra o câncer de mama — Foto: Carla Moreira/Arquivo Pessoal O tratamento de Carla não parou por aí: ela passou por 28 de sessões de quimioterapia e 18 de radio. Depois também fez um procedimento para esvaziamento da axila, que estava com linfonodos alterados. Apesar do medo, a profissional de saúde conta que com fé, confiança e apoio da família conseguiu passar pelo tratamento de uma forma mais leve. “Eu entreguei na mão de Deus e confiei que era um processo que eu ia passar e ficar tudo bem. Não foi fácil porque você passa mal mesmo, enjoa e outros efeitos colaterais do tratamento, mas a minha família foi a base de tudo”. “Você estar rodeado das pessoas que gostam de você, se importam e torcem é o melhor remédio. Eu queria ficar bem por mim, mas muito por eles também e lutei com todas as forças para ficar bem”. Atualmente, Carla faz o acompanhamento periódico com o médico e diz estar “super empolgada para continuar a vida”. “Costumo falar que quem passa por um câncer começa a olhar a vida com outros olhos, dá mais valor à vida, à família, a tudo”. Carla Moreira, juiz-forana diagnosticada com câncer de mama aos 34 anos — Foto: Carla Moreira/Arquivo Pessoal Idade não é mais fator de risco para o câncer de mama Um estudo mostrou que diagnósticos de câncer de mama estão ficando mais frequentes em mulheres mais jovens. Conforme a pesquisa, das 500 pacientes jovens atendidas pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, 68% apresentaram o tumor já em estado avançado quando diagnosticadas. O estudo mostrou também que a incidência de câncer de mama em mulheres jovens é maior no Brasil que a registrada em outros países. Nos Estados Unidos, apenas 5% das pacientes têm menos que 40 anos; no Brasil, são 15%. Estudo mostra que câncer de mama está se manifestando em mulheres mais jovens Como identificar o nódulo? De acordo com os médicos, o nódulo cancerígeno que pode aparecer no seio costuma ter formato de “bolinha de gude”, é endurecido e nem sempre dói. Prevenção A observação do próprio corpo e o acompanhamento ginecológico de rotina são imprescindíveis para a identificação de um possível câncer de mama. Alimentar-se de forma balanceada, consumir preferencialmente produtos orgânicos – livres de agrotóxicos – fugir da obesidade e praticar exercícios podem ajudar a afastar o câncer de mama e outros tipos de doença. Técnica de enfermagem diagnosticada com câncer de mama faz alerta a mulheres VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes