”Nunca tive nenhum problema de saúde! Devo ter medo de sofrer um AVC?”

”Nunca tive nenhum problema de saúde! Devo ter medo de sofrer um AVC?”

Em 29 de outubro, o mundo se une para celebrar o “Dia Mundial da Conscientização do AVC”, um evento crucial que busca aumentar a conscientização sobre o Acidente Vascular Cerebral e suas implicações para a saúde. Em 2023, o foco está na importância do tratamento adequado dos fatores de risco, com ênfase na hipertensão arterial e na fibrilação atrial. Neste contexto, é fundamental que todos compreendam os riscos ocultos que podem levar a um AVC e como preveni-los. Hipertensão Arterial: a ameaça global A hipertensão arterial, conhecida como “assassina silenciosa”, é uma ameaça global. Alarmantes 46% dos adultos em todo o mundo sofrem de pressão arterial elevada. Ainda mais surpreendente é o fato de que 1 em cada 2 pessoas com hipertensão não está ciente de sua condição, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa estatística alarmante deve servir como um alerta, pois a hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para o AVC. Fibrilação Atrial: uma condição oculta A fibrilação atrial, a arritmia cardíaca mais comum, também é uma condição oculta. Ela afeta aproximadamente 1 em cada 4 pessoas com mais de 40 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia. O problema é que muitas pessoas vivem com fibrilação atrial e não sabem disso, o que aumenta significativamente o risco de formação de coágulos sanguíneos e AVC. Diabetes Mellitus: Uma pandemia oculta O diabetes mellitus, uma verdadeira pandemia oculta, afeta 425 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes. A relação entre diabetes e AVC é inegável, uma vez que o diabetes aumenta as chances de AVC em 1,5 a 3 vezes e está associado a maior mortalidade após o evento. Prevenção começa com a conscientização e ação A prevenção do AVC começa com a conscientização e a ação. É fundamental que todos entendam como monitorar sua saúde e tomar medidas preventivas. Verificar regularmente a pressão arterial, realizar exames de eletrocardiograma para detectar fibrilação atrial e monitorar os níveis de açúcar no sangue são passos vitais. Consultar um cardiologista semestralmente, medir os níveis de colesterol e triglicerídeos e adotar um estilo de vida saudável são essenciais para minimizar os riscos do AVC. Sinais de Alerta: nunca ignore! É importante ressaltar que, ao sentir qualquer sintoma sugestivo de AVC, como os Sinais de Alerta da Sigla SAMU (Sorriso, Abraço, Música e Urgência), mesmo que não tenha, naquele momento, alteração nos níveis de pressão arterial ou glicemia, isso não significa que não possa estar tendo um AVC. Nesses casos, a busca por atendimento médico imediato é vital para não reduzir as chances de receber tratamento adequado na fase aguda e evitar sequelas futuras. Em 2023, no Dia Mundial da Conscientização do AVC, reforçamos a importância do tratamento adequado dos fatores de risco e das ações preventivas. Com a conscientização, o acompanhamento médico regular, a adoção de um estilo de vida saudável e a rápida resposta aos sinais de alerta, podemos salvar vidas e reduzir o impacto do AVC em todo o mundo. A prevenção começa com o conhecimento e ação, e todos podem desempenhar um papel na proteção de sua própria saúde cerebral. CRMMG 43995 Dra Fabiana Veloso Ferreira

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