Agências da ONU imploram ‘de joelhos’ por ajuda humanitária na Faixa de Gaza

Agências da ONU imploram ‘de joelhos’ por ajuda humanitária na Faixa de Gaza

As agências da ONU estavam implorando “de joelhos” nesta terça-feira (24) por uma pausa humanitária na guerra entre Israel e Hamas para permitir entregas seguras de ajuda a civis com falta de alimentos, água, remédios e eletricidade na Faixa de Gaza, que está cercada por Israel desde os primeiros dias da guerra contra o Hamas, que começou em 7 de outubro.

Estados Unidos e o Canadá se somaram ao apelo para que a ajuda de emergência fosse liberada para Gaza sem impedimentos, dizendo que é necessário um número 20 vezes maior do que as entregas atuais para apoiar os 2,3 milhões de habitantes do estreito território.

Oito caminhõescom água, alimentos e remédios entraram na Faixa de Gaza vindos do Egito na noite de terça-feira, informou o Crescente Vermelho Palestino.

A pressão internacional por ajuda desimpedida a Gaza aumentou quando o Ministério da Saúde do território costeiro governado pelo Hamas afirmou que os ataques aéreos israelenses mataram mais de 700 palestinos durante a noite. O porta-voz do ministério, Ashraf Al-Qidra, disse que este foi o maior número de mortos em 24 horas no cerco de Israel, que já dura duas semanas.

Os Estados Unidos estão negociando com Israel, o vizinho Egito e a ONU para facilitar as entregas de emergência a Gaza, e têm discutido sobre os procedimentos de inspeção das remessas de ajuda humanitária e sobre os bombardeios na região de fronteira no lado de Gaza. 

“Embora continuemos sendo contra um cessar-fogo, pensamos que vale a pena considerar pausas humanitárias ligadas à entrega de ajuda e que ainda permitam a Israel conduzir operações militares para se defender”, disse uma autoridade dos EUA.

O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, disse após uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas que Israel parecia estar acima da lei internacional, e pediu o fim do que chamou de “padrões duplos” para lidar com o conflito de Gaza.

Em um comunicado divulgado nas redes sociais, o Ministério da Saúde palestino disse que pelo menos 5.791 palestinos foram mortos por bombardeios israelenses desde 7 de outubro, entre eles 2.360 crianças. Cerca de 704 pessoas foram mortas apenas nas 24 horas anteriores, disse.

A Reuters não conseguiu verificar de forma independente os números do ministério.

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