De acordo com CEO da BlackStone, a facilidade que o trabalho remoto dá é um dos motivos para os funcionários não voltarem ao presencial
– Gabriel Abou Rahal
Em entrevista à Bloomberg, Steve Schwarzman, CEO da Blackstone, falou das dificuldades que as empresas têm enfrentado ao tentar trazer seus funcionários de volta ao trabalho presencial. A jornada relativamente mais leve que eles desfrutam em casa seria uma das explicações.
A BlackStone é uma das maiores gestoras de investimentos alternativos do mundo.
Schwarzman acrescentou que as pessoas lucraram com o trabalho remoto porque trabalhavam menos e economizaram em transportes, refeições e roupas de trabalho.
Além disso, a preferência pelo trabalho em casa estaria contribuindo com o “vazio” que os escritórios dessas empresas têm sentido.
O CEO da BlackStone espera que algumas empresas, que tenham essa possibilidade, reduzam o tamanho de seus escritórios quando seus respectivos contratos de aluguéis terminarem, o que reduziria custos e despesas.
Ele também diz que edifícios de escritórios mais novos estão se mostrando resilientes e que suas demandas por outros tipos de imóveis, como galpões, tendem a aumentar.
Estudo de economista defende que produtividade depende de cada trabalhador
Na empresa em que ele é chefe, espera-se que todos os funcionários estejam presencialmente nos escritórios pelo menos cinco dias por semana.
O economista do Federal Reserve (FED), Anthony Diercks, recentemente publicou um artigo em que ele desafia a tese de que o trabalho totalmente remoto leva a uma menor produtividade. De acordo com ele, a produtividade no trabalho remoto depende de cada trabalhador.
Voltem aos escritórios ou serão demitidos, diz CEO do J.P Morgan
Já o CEO do banco norte-americano J.P Morgan, Jamie Dimon, disse em julho à revista The Economist que 60% dos trabalhadores do banco já haviam retornado ao escritório em tempo integral, 30% haviam voltado a trabalhar no escritório pelo menos três dias por semana, e que 10% estavam trabalhando remotamente em tempo integral.
Leia também: CEO do J.P Morgan alerta sobre risco de altas de juros
Os diretores administrativos do J.P Morgan retornaram ao escritório em tempo integral em abril, após serem alertados de que poderiam sofrer consequências se não o fizessem.
Dimon reforçou sua posição rigorosa em julho, dizendo:
“Eu entendo completamente por que alguém não quer se deslocar por uma hora e meia todos os dias. Entendo totalmente… Isso não significa que eles precisam ter um emprego aqui.”
A necessidade de mentoria no escritório, colaboração e acessibilidade são citadas como razões para o incentivo ao retorno aos escritórios.
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