Navios-tanque estão parados no mar em frente ao litoral da Argentina aguardando o pagamento para entregar o combustível
– Carlo Cauti
A Argentina está enfrentando uma grave escassez de combustíveis, com longas filas que estão se formando em frente a postos de gasolina, principalmente da capital, Buenos Aires.
A maioria dos postos de gasolina de toda a Argentina estão sem combustível, com as petrolíferas enviando menos quantidade por causa da falta de dólares.
A decisão de congelar os preços do combustível tomada pelo governo peronista fizeram com que a procura se voltasse para a estatal petrolífera YPF.
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As associações de postos de gasolina pediram a intervenção do governo. Nesta sexta-feira foi realizada uma reunião no Ministério da Energia, mas não teria dado os resultados esperados.
Congelamento de preço na Argentina gerou escassez de combustível
A escassez começou no início do mês, nos postos da petrolífera estatal YPF, por ter preços inferiores aos da concorrência. Mas essa escassez logo estendeu-se às bombas de todas as marcas.
Na semana eleitoral, muitos motoristas correram para encher o tanque, pois tinham certeza de que, depois de domingo, iria haver uma desvalorização ou um reajuste de preços, o que de fato aconteceu.
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Na última segunda-feira, 23, a YPF aumentou os preços em 3%, mesmo se o decreto do governo previa um congelamento de preços até o final de outubro.
Navios-tanques parados no mar e refinaria paralisada
Uma das causas dessa escassez de combustível é a paralisação de uma unidade da refinaria da YPF em Ensenada, próximo de Buenos Aires.
Com isso, a estatal petrolífera argentina foi obrigada a importar diesel e gasolina.
Além disso, a falta de dólares na Argentina fez com que navios-tanques ficassem parados no mar, aguardando o pagamento para poder entrar no porto.
Atualmente, haveria três navios tanques à espera com gasolina e diesel próximos do litoral argentino.
Entretanto, os fornecedores estrangeiros BP e Gunvor deram ordem de descarregar o combustível somente após o pagamento.
A Argentina importa 32% de sua necessidade de combustíveis. Embora a importação de um litro de gasolina custe quase US$ 2, no mercado local, o combustível é vendido por cerca de 40 centavos.
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