Desde o início da guerra com a Ucrânia, Moscou deu início a uma campanha de repressão contra dissidentes
– Uiliam Grizafis
Marina Ovsyannikova, jornalista que interrompeu uma transmissão ao vivo da TV estatal russa, disse que seus direitos de custódia dos filhos foram retirados por um tribunal de Moscou “por razões políticas”.
“Estou atordoada e chocada com a decisão deste tribunal”, disse Marina.
De acordo com a agência de notícias estatal RIA Novosti, o ex-marido de Marina, Igor, iniciou a ação legal que resultou na remoção dos direitos de custódia dos filhos da jornalista.
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Marina tem uma filha de 11 anos, que reside com a mãe em Paris, e um filho de 17 anos, que permanece na Rússia.
“Presumo que o próximo passo para eles [autoridades russas] será exigir a entrega da minha filha à Rússia, mas espero que a França não concorde com isso, uma vez que minha filha, tal como eu, recebeu asilo político aqui”, disse a jornalista.
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Marina afirma não ter mais ilusões em relação à jurisdição russa e que “todos os tribunais na Rússia são controlados pelo Kremlin”.
Marina chegou a pedir desculpas por seu trabalho na emissora
Em março de 2022, Oeste noticiou que, depois do protesto, Marina publicou um vídeo nas redes sociais para pedir desculpas por seu trabalho na emissora, considerada uma das principais ferramentas do Kremlin.
“O que está acontecendo na Ucrânia é um crime, e a Rússia é agressora”, disse a jornalista, no início do vídeo.
Em outubro do ano passado, a jornalista fugiu da Rússia e um ano depois foi condenada a 8 anos de prisão.
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Desde o início da guerra, autoridades russas deram início a uma campanha de repressão sem precedentes contra pessoas contrárias ao conflito, com detenções ou multas.