O Itamaraty e a representação brasileira em Ramala, na Cisjordânia, informaram neste sábado (28) que conseguiram restabelecer o contato com os brasileiros que aguardam a repatriação na Faixa de Gaza. Ontem, o governo havia informado que estava sem comunicação com os brasileiros na região devido a um bombardeio que destruiu rotas de internet e fez o serviço de telecomunicações ser interrompido. “Mesmo diante da queda na prestação de serviços de comunicação por celular e internet na região, a equipe sob comando do embaixador Alessandro Candeas conseguiu constatar que os brasileiros que aguardam em Khan Yunis e Rafah, localidades próximas à fronteira com o Egito, têm acesso garantido a água e alimentos pelos próximos dias”, diz a nota do Itamaraty. Segundo a Representação do Brasil na Palestina, atualmente, 34 pessoas que estão na Faixa de Gaza aguardam evacuação para o Brasil. Entre eles estão 24 brasileiros, sete palestinos em processo de imigração e três palestinos familiares próximos que darão início à imigração, sendo que a maioria delas são crianças (18). As pessoas estão divididas em duas cidades no sul de Gaza: Rafah e Khan Younis. Rafah fica na fronteira entre o Egito e Gaza e é por onde passam os caminhões com ajuda humanitária. Dezoito pessoas aguardam evacuação na cidade, sendo nove crianças, cinco mulheres e quatro homens. Khan Younis tem 16 pessoas esperando para serem evacuadas para o Brasil, sendo nove crianças, cinco mulheres e dois homens. O Itamaraty alugou uma casa na cidade para hospedá-las até que a passagem de Rafah seja aberta. Aumento no bombardeio Mais cedo, o Exército israelense alertou os habitantes da Faixa de Gaza e afirmou que toda a região agora é um “campo de batalha”. Desde sexta (27), os bombardeios na região foram intensificados de forma significativa. Imagens da agência de notícias AFP (Agence France-Presse) mostram intensos bombardeios contra o norte do território palestino desde as 16h, no horário local (13h em Brasília). Na última madrugada, militares israelenses promoveram uma operação que bombardeou 150 alvos subterrâneos e matou um chefe do Hamas encarregado de “paramotores, drones, equipamentos de detecção e defesa aérea”.