Sustos podem ser perigosos para pessoas com problemas cardiovasculares

Sustos podem ser perigosos para pessoas com problemas cardiovasculares

Os sustos são comuns em brincadeiras, filmes de terror, como meios de parar soluços, eventos temáticos ou até mesmo ao falar e surpreender uma pessoa, sem a intenção de assustá-la.  • Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram Porém, o que, na maioria das vezes é para ser algo divertido, pode ser ruim para pessoas com problemas cardiovasculares, por exemplo.  “O susto é uma reação biológica a uma ameaça real ou imaginária. Trata-se de uma reação aguda ao estresse, com a liberação de adrenalina no sangue, preparando o corpo para lutar ou fugir. Isso causa um aumento da frequência cardíaca, constrição dos vasos sanguíneos e uma série de reações à descarga hormonal”, afirma o cardiologista Luiz Guilherme Velloso, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. A princípio, os sustos não fazem mal a pessoas saudáveis, ou que não estejam em situações que possam provocar acidentes, como no trânsito ou próximo a uma escada. A partir do momento em que o corpo toma conhecimento que não há uma ameaça, a descarga de adrenalina diminui e os batimentos voltam ao normal.  “Para uma pessoa sem problemas, levar um susto pode provocar o aumento da frequência cardíaca e respiratória, palidez e a pele pode ficar mais fria. Se a ansiedade for um pouco maior, e a pessoa continua a respirar mais rápido que o normal, ela pode passar a sentir formigamentos e adormecimento nos lábios e nas extremidades. Em pessoas ainda mais sensíveis, a alteração no sistema nervoso central pode levar a uma queda na pressão e perda de consciência”. Se os sintomas persistirem por mais de 10 ou 15 minutos, Velloso recomenda que a pessoa seja levada ao hospital para averiguar se não existem condições relacionadas.  O cardiologista Jorge Koroishi, do Hcor (Hospital do Coração), alega que, para pessoas com problemas cardiovasculares, como arritmias, hipertensão, ou que tenham sofrido infartos, a recomendação é que não passem por eventos que possam causar grandes sustos, podendo haver uma piora dos quadros.  Velloso complementa que pacientes com angina e doença coronariana podem ter crises anginosas e até infartos, desencadeados pelo susto. Ainda, pacientes com insuficiência cardíaca podem apresentar falta de ar. “Em portadores de epilepsia, por exemplo, o susto, com toda essa alteração metabólica, pode até precipitar um episódio de convulsão. Portanto, antes de dar um susto — e se não quiser tomar um susto pelas consequências da brincadeira —, é bom se certificar que a pessoa tem boa saúde cardiológica e neurológica, primeiramente”, alerta.  Ele continua, explicando que, quando as pessoas vão em eventos temáticos ou assistir filmes de terror, elas já estão conscientes e conseguem prever que tomarão um susto. Mas, quando é inesperado, a reação e a descarga de adrenalina podem ser imprevisíveis e danosas. 

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