Entenda o cálculo usado para definir o rendimento da poupança

Entenda o cálculo usado para definir o rendimento da poupança

Resumindo a Notícia A caderneta de poupança é o investimento preferido dos brasileiros, com 26% das aplicações, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) de 2022. Apesar disso, muitos desconhecem qual é o real rendimento da aplicação. Antes de tudo, é necessário entender que há dois cálculos diferentes. Um acontece quando a taxa básica de juros, a Selic, está abaixo do patamar de 8,5% ao ano. O outro quando está acima desse nível, como atualmente. Com a Selic a 2,25% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (ou 6,17% ao ano) mais a TR (Taxa Referencial). Esta, uma média ponderada das taxas diárias dos juros pagos pelos CDBs (Certificado de Depósito Bancário) prefixados pelas instituições financeiras brasileiras. · Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu Whatsapp · Compartilhe esta notícia no WhatsApp · Compartilhe esta notícia no Telegram “A TR tem um cálculo bem complexo, mas para a gente ter uma referência, nos últimos 12 meses ela rendeu 2%. Considerando uma premissa de TR de 2% ao ano, o rendimento esperado da poupança do próximo ano seria de aproximadamente 8,17%”, explica Rafael Haddad, planejador financeiro do C6 Bank. Ainda, ele lembra que a poupança é isenta de imposto de renda. Isso acaba sendo uma vantagem, porque muitos investimentos de renda fixa, que pagam uma remuneração padrão todo mês, como a caderneta, são tributados. No segundo cenário, se a Selic estiver abaixo dos 8,5%, ela rende 70% da taxa de juros somados à TR. Porém, essa trava só é válida para as aplicações feitas depois de maio de 2012, quando a regra foi implementada. Por causa desse mecanismo, há a poupança nova (após maio de 2012) e a poupança antiga (antes de maio de 2012). Dessa forma, se o investidor tem dinheiro aplicado antes da data, mas também se tem outra quantia colocada na caderneta depois da data, esse brasileiro tem duas rentabilidades diferentes, ambas operando simultaneamente. Lembrando: isso acontece apenas quando a Selic está abaixo de 8,5%. Quando está acima, a poupança antiga e a nova têm a mesma rentabilidade. Além de servir como referência nessa trava de rentabilidade, a Selic é a taxa básica de juros de toda a economia brasileira. Ela é usada como base para todos os tipos de investimentos. Mas, nas aplicações de renda fixa, é o indicador empregado diretamente na rentabilidade. Com uma Selic menor, os educadores financeiros ressaltam que os investimentos de renda variável, os que não pagam remuneração-padrão todo mês, ficam mais atrativos. “A medida em que a taxa Selic baixa bastante, rendimento da poupança acaba baixando”, explica Rogério Araújo, educador financeiro. Reinaldo Domingos, presidente da Abefin (Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira), explica que a trajetória de queda da Selic revela que chegou a hora de repensar os investimentos. “A recomendação pode ser começar a pensar em buscar linhas que não estão atreladas à Selic”, avalia ele. É importante citar o Banco Central cortou, nesta quarta-feira (1º), em 0.5 a taxa de juros pela terceira vez seguida. As quedas começaram em agosto. *Sob supervisão de Alexandre Garcia JR Dinheiro: Dia Mundial da Poupança busca conscientizar sobre a importância da reserva financeira

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