Janja: Não fico atrás do presidente; sempre fico ao lado’

Janja: Não fico atrás do presidente; sempre fico ao lado’

A primeira-dama, Janja Lula da Silva, disse não se incomodar com as críticas que recebe por não ter sido eleita e, apesar disso, “se meter na política”. Conforme a socióloga de 57 anos, quem pensa assim “não enxerga o mundo” atual. Janja afirmou ainda que vai continuar “ao lado” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Vou continuar ao lado do presidente, porque acho que é esse o papel que tenho que desempenhar”, destacou a primeira-dama em entrevista ao jornal O Globo publicada neste domingo, 5. “Não é uma questão de ser eleita ou não. Existem ministros que concorreram e ganharam a eleição ao Senado ou à Câmara, mas a maioria não foi eleita e está lá.” + Leia mais notícias de Política em Oeste A primeira-dama disse que, em um evento do Parlamento de Portugal, duas senhoras do cerimonial pediram que ela se sentasse atrás de Lula, mas ela não quis. “Falei: ‘Não, amor. Não fico atrás do presidente, sempre fico ao lado dele’”, continuou Janja. Durante a entrevista, a socióloga comentou ainda sobre a vontade de ter um gabinete formal no Palácio do Planalto, onde o presidente despacha. O plano foi descartado por conselheiros do petista, que enxergaram risco de atrair ataques da oposição. Janja, contudo, contesta a decisão. “Jornal francês chama Janja de ‘vice’ de Lula” “Nos EUA, a primeira-dama tem [um gabinete]“, declarou. “[Ela] tem também agenda, protagonismo, e ninguém questiona. Por que se questiona no Brasil? Vou continuar fazendo o que acho correto. Sei os limites. Quero saber das discussões, me informar, não quero ouvir de terceiros.” Janja no G20 Em 9 de setembro, Lula participou da reunião da cúpula do G20, na Índia. Mas não foi a presença do petista que chamou a atenção, foi a de Janja. A socióloga foi a única primeira-dama a participar das sessões do grupo. “Falaram que fui a única primeira-dama que entrou com o presidente no dia da reunião do G-20”, continuou. “Entrei porque ele não soltou da minha mão e falou: ‘Você está comigo e vai entrar comigo’. Me sinto segura.” Leia também: “O novo departamento de propaganda do PT”, reportagem de Edilson Salgueiro publicada na Edição 147 da Revista Oeste Apesar de reconhecer que existem poucas mulheres nos entornos do petista, a primeira-dama disse que não participa das reuniões de Lula. “O povo acha que eu fico lá sentada”, destacou. “Não faço isso. Todo dia, ele tem uma reunião com os ministros do Palácio do Planalto, mas não estou nesses espaços de decisão. Minhas conversas com o presidente são dentro de casa, no nosso dia a dia, no fim de semana, quando a gente toma uma cerveja. Quando estou incomodada, eu vou lá e questiono.”

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