Encerrada audiência do delegado Rafael Gomes e outros presos na Operação ‘Transformers’, em Juiz de Fora

Encerrada audiência do delegado Rafael Gomes e outros presos na Operação ‘Transformers’, em Juiz de Fora

Foi concluída no início da noite desta sexta-feira (10), em Juiz de Fora, a audiência de instrução e julgamento da Operação “Transformers”, que prendeu o delegado Rafael Gomes, cinco policiais civis e outros suspeitos de participarem da organização criminosa envolvida em tráfico de drogas que teria movimentado quase R$ 1 bilhão em cidades da região. Ao todo, dez réus participaram, de forma remota, da audiência. À exceção de apenas um, os demais não responderam às perguntas do Ministério Público e permaneceram em silêncio durante os interrogatórios, ocorridos nesta sexta-feira (10), na 1ª Vara Criminal, no Fórum Benjamin Colucci. O processo segue agora para as alegações finais e, em seguida, para a publicação da sentença, ainda sem estimativa de prazos. O g1 entrou em contato com a defesa do delegado Rafael Gomes e ainda não obteve retorno. A reportagem também não conseguiu falar com os advogados dos outros réus. Movimentação bilionária As investigações, segundo a promotoria, teriam começado há dois anos, levantando informações sobre adulteração de veículos que, após troca de peças, eram usados no tráfico de drogas. Da alteração e remontagem dos carros, inclusive, teria surgido a referência para a operação. A organização criminosa seria estruturada em diversos núcleos, entre os quais estão os setores responsáveis pela: logística, que envolve o fornecimento de veículos para o transporte e pagamentos de cargas de drogas;setor financeiro, que cuida da parte gerencial da atividade econômica, notadamente do tráfico de drogas e da lavagem de dinheiro;setor de corrupção, responsável por proteção dos negócios ilícitos com informações privilegiadas de atividades policiais e demais condutas para evitar a responsabilização de integrantes da organização;núcleo de liderança, que coordena e controla as atividades. Shows Ainda segundo as investigações, donos de comércios e empresários do meio artístico fariam parte do esquema, sendo responsáveis pela lavagem de dinheiro. Alguns shows em Juiz de Fora, inclusive, estariam relacionados à prática criminosa. Conforme o órgão, as provas demonstram a relação simbiótica que existe entre a “organização criminosa desarticulada com outras associações para a prática permanente de diversas atividades ilícitas, como comércio ilegal de peças e de veículos provenientes de crimes, tráficos de drogas locais, corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro”. VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

Postagens relacionadas

Cannabis: o que dizem pacientes e pesquisadores sobre uso medicinal da planta

Madonna no Rio; FOTOS

Saia cedo para ver Madonna de perto: veja em MAPAS como chegar a Copacabana e sem perrengue