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As ‘mudanças climáticas’ são piores que a guerra

por Revista Oeste - Politica
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Quando vejo a figura do embusteiro das mudanças climáticas John Kerry, já sinto um enjoo, mas quando ele começa a proferir seus discursos ao estilo da ministra planetária Marina Silva, aí a coisa desanda de vez. Em especial, quando inverte prioridades, pondo a “ação climática” na frente de uma resolução de paz para a guerra que desponta no horizonte. Kerry teve o disparate de dizer que a situação de uma guerra, que pode escalar rapidamente, não deve dirimir os nossos objetivos climáticos. Atualmente, Kerry é diretor do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos e tem servido como um “enviado especial para o clima”, uma espécie de “ministropone”, onde não para de proferir discursos vazios de significado em todos os lugares por onde passa, seguindo a agenda alarmista climática. Em 18 de outubro de 2023, participou virtualmente do Congresso Sustentável 2023, realizado no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e promovido pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. Na ocasião, Kerry fez afirmações bem além das tradicionais bobagens da cartilha das mudanças climáticas dedicadas aos loucos. Para ele, os conflitos armados, como o da Ucrânia e o recente iniciado no Oriente Médio, não podem servir de justificativa para se esquecer das medidas necessárias para conter a pseudocrise climática. Segundo ele, “enquanto as crises na Ucrânia e no Oriente Médio estão acontecendo, com pessoas morrendo, com o potencial de grandes conflitos, a realidade continua sendo que as mudanças climáticas estão tirando vidas no mundo todo, todos os dias”. Pode até ser, mas não pelos motivos que os propagandistas do caos afirmam. Além disso, problemas de saúde gerados pela falta de saneamento básico e comida estragada pela dificuldade de condicionamento em embalagens e refrigeração adequada matam muito mais, especialmente, porque essas duas últimas também foram e ainda são alvos da mesma agenda ambiental misantrópica. Quanto às mortes geradas pelas mudanças climáticas, Kerry está certo no que diz respeito a termos muitos óbitos, mas não necessariamente por causa do clima, mas, sim, em virtude de quadros meteorológicos específicos. Ele erra ao não declarar que desde 1900, o número de óbitos por causa dessas condições diminuiu, conforme sobe a resiliência das sociedades. Erra também grosseiramente para o lado da temperatura. Nós já mostramos aqui (Artigo “Quente ou Frio? Onde Habita a Mortalidade? – Partes 1 e 2”) que o número de mortes em razão de quadros meteorológicos, especialmente em condições de inverno, pendem para as temperaturas mais baixas e não para as mais altas, ou seja, é o frio o causador da maior parte dos óbitos. O número fica ao redor de uma morte por altas temperaturas contra oito para baixas. Este quadro se complica quando relacionado ao fator econômico e social. A pobreza e a falta de condições de se proteger do frio são os principais elementos que contribuem para o número elevado de mortes pelo frio. Quando mapeamos a localização desses somatórios mais elevados, vemos que o Sul do Saara, região do Sahel e adjacências, são pontos culminantes de óbitos, justamente nas últimas horas da madrugada, quando as temperaturas no deserto e áreas periféricas são extremamente baixas. Sem condições de se aquecer nem com lenha, afinal, não tem árvores por lá, as pessoas mais frágeis acabam padecendo. Mas Kerry mostra o quão é despreparado para abordar tal assunto. Por exemplo, na sua explanação no congresso do Masp, ele disse que sete milhões de pessoas morrem anualmente pela má qualidade do ar, atribuindo esses óbitos à “poluição causada por ‘efeito-estufa’”. Na sua visão distorcida, o CO₂ é poluente e não o gás da vida, aquele que realiza a fertilização por carbono dos mares, vegetação e agricultura, o que já indica, além de um raciocínio destoado da realidade, o objetivo de seu discurso alarmista e os alvos os quais pretende atingir no Brasil: a agricultura, com ou sem o envelope do agronegócio, e o uso de áreas do nosso Cerrado. O enviado presidencial especial para o clima dos Estados Unidos, John Kerry (esq), o vice-presidente Geraldo Alckmin (centro), e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (dir), durante reunião em Brasília, na qual se discutiu aportes no Fundo Amazônia | Foto: Cadu Gomes/Presidência da República Ao lado de Gilberto Tomazoni, gerente global da JBS, o qual dividiu a participação, Kerry quis ressaltar que o agronegócio brasileiro deve aumentar a sua produção, mas sem expandir o uso de nossas próprias terras ou pastagens, sendo mais um ato flagrante de intromissão nos assuntos internos do Brasil. Não adianta apelar para o discurso de sustentabilidade, alegando que impor critérios mais altos para o setor agrícola e pecuário brasileiro não irá reduzir oportunidades e gerar sacrifícios gerais porque isto não é verdade. Os exemplos do dia a dia do homem do campo e a burocracia enraizada mostram bem a realidade quase heroica das atividades agrícolas brasileiras, porém, totalmente ignoradas por um personagem que só quer fazer bonito e atender à agenda global de redução do uso de terras, devolvendo-as para o “meio natural”, conforme resolução do Ipbes — o painel da biodiversidade e serviços ambientais, acordada na sua COP de dezembro de 2022, cuja participação brasileira foi mais que lastimável, concordando com as afrontas internacionais. Quanto ao Cerrado, ficou mais que evidente, desde 2018, os canhões ambientalistas da agenda nefasta se voltaram para as áreas que envolvem esse nosso bioma, tendo em vista que a produção agrícola tem levado mais vida à região e não o contrário, especialmente com os processos de irrigação. No caso, Kerry quer fazer do Brasil exemplo de desenvolvimento sustentável para o mundo, proferindo a falsa alegação que a melhora nos números de desmatamento da Amazônia estariam se convertendo em mais investimentos, quando esses valores, se de fato ocorreram, somam um pífio resultado, frente às riquezas e potenciais perdidos na região por questões ideológicas e climáticas. Ainda usando os supostos valores de melhora da Amazônia e já mirando no Cerrado, Kerry afirmou que “O Brasil pode continuar demonstrando o progresso que tem feito, expandindo-o para outros biomas, como o Cerrado”, sempre utilizando os chavões conhecidos pela “religião woke” que citam frases sensacionalistas, as quais envolvem o casamento feliz do desenvolvimento econômico com proteção da floresta. Aqui fica o nosso alerta do Atalaia mais uma vez para os produtores rurais, grandes e pequenos, do Cerrado brasileiro: unam-se e organizem-se o mais rápido possível porque vocês estão sob ataque (Veja “A nova mentira dos ecoterroristas”, maio de 2023). Kerry citou as conferências sobre as mudanças climáticas, as fadadas COPs, fazendo um discurso choroso do histórico de tais encontros, como também mostrando-se frustrado, pois são tantas e tantas reuniões, mas os acordos são lentos — ingênuo, finge ou não sabe que tais reuniões são os melhores carnavais fora de época, feitos para as delegações viajarem pelo mundo com dinheiro do contribuinte, em lugares dos mais exóticos, deliciando-se e usufruindo das paisagens e compras? Claro que essa boquinha nunca vai acabar, pois se o “problema” não existir mais, todos os envolvidos, ou vão ter que procurar outro “problema”, ou vão ter que trabalhar de verdade, coisa que não querem fazer. Só para lembrar, o próximo carnaval, digo, “Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas” em 2023, a COP28, ocorrerá na Expo City, em Dubai, e está prevista para durar entre 30 de novembro e 12 de dezembro. Certamente teremos mais resoluções estapafúrdias das agendas anti-humanistas que nos aproximam cada vez mais do abismo espiritual global. Kerry lembrou que provavelmente a COP30, em 2025, será em Belém (PA), e que também esteve no mais famoso de todos os carnavais, a Rio-92, “a conferência”, onde as agendas foram postas para toda a sociedade, apresentando o novo paradigma da “sustentabilidade” para os países em desenvolvimento, ou seja, o espelhinho para os “índios” da vez, como em 1492, reformatado para 1992, “500 anos depois” (parafraseando a abertura do seriado de 1979 – “Buck Rogers no Século XXV”). Enfim, Kerry prevê que as delegações não estejam bastante motivadas para a COP corrente, por causa do novo conflito, prevendo um reflexo semelhante ao que ocorreu em 2022 devido à guerra entre Ucrânia e Rússia. Ele deixa claro que é necessária uma priorização das pautas climáticas, demonstrando claramente seu descaso com confrontos reais da beligerância que ocorre na atualidade, mas isso não nos deve surpreender, lembrando do seu passado como pracinha no Vietnã e sua ascensão política, usando disto como trampolim e é claro, seu fracasso eleitoral, idêntico ao de Al Gore. De qualquer forma, seja por guerra ou por agenda climática, o resultado sempre é o mesmo, ou seja, todos contra a humanidade. Não nos surpreende circular na internet o meme de Greta Thunberg, a Rapunzel climática, pedindo que usem bombas e dinamites veganas. E não é que realmente as forças armadas do Ocidente também pretendem contabilizar e neutralizar a sua “pegada de carbono” nas instruções e emprego no campo de batalha, das mais variadas formas? Ou seja, pode fazer guerra e matar gente, desde que seja sustentável.

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