Sergio Massa e Javier Milei trocam acusações no último debate pela presidência da Argentina

Sergio Massa e Javier Milei trocam acusações no último debate pela presidência da Argentina

O ministro da Economia, Sergio Massa, e Javier Milei acusaram-se mutuamente de serem “ladrões” ou “desequilibrados mentais” num debate neste domingo (12), que procura atrair os últimos votos uma semana antes do segundo turno presidencial na Argentina, que as sondagens mostram em empate técnico.

A casta “é formada por políticos ladrões. Você tem todos eles com você, são os kirchneristas. Outro componente são os empresários prebendários, a grande maioria são seus amigos ou você tem negócios com eles”, disse Milei de Massa neste último debate no auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires.

Os dois candidatos procuraram convencer o setor indeciso antes do segundo turno presidencial, que ocorre no dia 19 de novembro. O pleito será acirrado e com sentimento de desesperança, e os eleitores sentem que optarão pelo mal menor no meio de uma grave crise econômica com inflação anual de 140% e 40% de pobreza.

No primeiro turno, em 22 de outubro, Massa ficou em primeiro lugar com quase 37% dos votos e Milei em segundo, com 30%. A terceira candidata, Patricia Bullrich, que obteve 24%, pediu aos seus seguidores que apoiassem Milei no segundo turno.

“Quero ser presidente sabendo que alguns votarão em mim sem serem convencidos, como veículo para não escolher um caminho que seja de violência e dano”, declarou Massa, que oferece um governo de unidade nacional, mais amplo que o peronismo, se ele vencer as eleições.

Milei, por sua vez, descreveu as eleições como um dilema entre inflação ou estabilidade, declínio ou crescimento econômico, populismo ou república, e apelou a “votar sem medo porque o medo paralisa, e se paralisarmos, beneficiamos o status quo que nos empobrece”.

Neste último trecho da campanha, Milei, que compareceu a eventos políticos com uma motosserra, símbolo de sua intenção de cortar gastos públicos, foi mais contido em suas propostas, embora tenha confirmado neste domingo que eliminaria o Banco Central e dolarizaria a economia se for eleito.

O próximo presidente argentino tomará posse no dia 10 de dezembro por um período de quatro anos.

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