O que era para ser a realização de um sonho antigo tornou-se uma experiência traumática para fãs da banda mexicana Rebelde após o arrastão nos arredores do estádio do Morumbi, na zona oeste de São Paulo, no último domingo (12), primeiro dia de apresentação do grupo na cidade. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), 15 queixas de furto de celular foram registradas depois do show. Dois homens são apontados como responsáveis por realizarem a sequência de roubos. Um dos suspeitos foi preso e, com ele, quatro aparelhos foram recuperados. • Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram • Assine a newsletter R7 em Ponto A especialista em redes sociais Giovanna Rebelo, de 22 anos, conta que chegou a ter uma crise de pânico por causa do incidente. Giovanna e mais duas amigas iam embora, por volta das 23h20, quando ouviram a gritaria e se assustaram: elas estavam no meio da multidão que começou a correr dos assaltantes. “Nem sabíamos o que estava acontecendo, se era briga, tiroteio ou sei lá o que mais. Vimos um estacionamento que estava abrigando as pessoas e conseguimos entrar. Muita gente entrou, e aí fecharam as portas”, afirma. Giovanna diz que ela e as amigas ficaram lá por alguns minutos até que a polícia chegou e avisou que se tratava de um arrastão. Ao tentarem ir embora, no entanto, um trecho do caminho estava escuro e não era possível ver muita coisa. As pessoas voltaram a correr e o desespero tomou conta novamente. Em dado momento, as amigas conseguiram encontrar o colega que daria carona ao grupo e voltaram para casa. Giovanna diz que havia muitos policiais no entorno do Morumbi e que os agentes agiram rapidamente. Medo, confusão, correria e tropeços No mesmo horário relatado por Giovanna, o roteirista Bruno Fernando, de 26 anos, viveu o que ele chama de “um misto de medo e confusão”. Acompanhado de uma amiga, o fã da banda, que, inclusive, vai às próximas cinco apresentações do RBD em São Paulo, relata que não sabia o que estava acontecendo e só notou uma multidão correndo para uma farmácia localizada há alguns quarteirões da estação São Paulo-Morumbi. “Não ficamos para entender o que tinha acontecido, só corremos também na direção oposta da estação. Vi pessoas tropeçando, mas elas foram ajudadas”, diz. Bruno conta que sua amiga ficou muito assustada e, por isso, os dois se abrigaram no estacionamento de um comércio. Alguns fãs também tentaram se esconder na farmácia, que fechou as portas logo em seguida para que a multidão inteira não entrasse no estabelecimento. O roteirista relata que havia mais policiamento próximo ao estádio, mas que o número de agentes na rua diminuía conforme a multidão andava em direção à estação do Metrô. Além disso, algumas vias estavam com pouquíssima iluminação, o que colaborou para o medo aumentar. Os dois últimos shows da banda vão ocorrer no estádio Allianz Parque, na região da Pompeia, também na zona oeste da capital paulista. Bruno acredita que a situação lá será “mais tranquila”, uma vez que o caminho até a estação é mais curto. Para o roteirista, um maior policiamento durante os shows “nunca é demais”, dado o tamanho do público que comparece a esse tipo de evento. Procurada pelo R7, a SSP afirmou que o policiamento no entorno dos estádios Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi) e Allianz Parque (Palmeiras) foi reforçado, “seguindo o protocolo da Polícia Militar para eventos de grande porte que acontecem na cidade”. “As equipes da Força Tática, Rocam, Rota e CAEP atuaram no policiamento ostensivo e reforçarão o policiamento nos próximos shows”, pontuou a pasta.