Justiça de Portugal solta 5 presos em escândalo que derrubou primeiro-ministro

Justiça de Portugal solta 5 presos em escândalo que derrubou primeiro-ministro


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Um dos detentos é o ex-chefe de gabinete de António Costa, que renunciou ao cargo depois da descoberta do caso de corrupção

Redação Oeste

Justiça de Portugal mandou soltar cinco envolvidos em caso de corrupção que levou à renúncia do primeiro-ministro, António Costa | Foto: Otan

O juiz Nuno Dias ordenou nesta segunda-feira, 13, a libertação dos cinco envolvidos no caso de corrupção que levou à renúncia do primeiro-ministro de Portugal, António Costa.

A Justiça libertou o chefe de gabinete de Costa, Vítor Escária; o consultor Diogo Lacerda Machado, amigo do ex-primeiro-ministro; o prefeito da cidade de Sines, Nuno Mascarenhas; e dois diretores da empresa Start Campus, que atua em Sines, Afonso Salema e Rui Neves.

O juiz do caso retirou as acusações de corrupção e prevaricação contra os cinco.

Apesar da decisão, o magistrado proibiu a saída deles do país e obrigou que entreguem os passaportes no prazo de 24 horas, além de determinar que Machado pague € 150 mil euros (cerca de R$ 790 mil) de fiança.

A defesa de Machado disse que a decisão do tribunal de retirar as acusações mostrou “erros graves” no processo.

+ Leia também: Primeiro-ministro de Portugal renuncia sob suspeita de corrupção

António Costa renunciou ao cargo de primeiro-ministro de Portugal depois do escândalo de corrupção envolvendo projetos irregulares de lítio, hidrogênio verde e construção de um grande centro de armazenamento de danos em Sines | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Investigação em Portugal

Os libertados continuam sob investigação do Ministério Público sobre supostas irregularidades do governo em projetos de lítio, hidrogênio verde e na construção de um grande centro de armazenamento de dados na cidade de Sines.

O ministro da Infraestrutura, João Galamba, e o presidente do conselho diretor da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, também são suspeitos. Galamba ofereceu sua renúncia nesta segunda-feira, 13.

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Nova disputa para primeiro-ministro

Depois da divulgação do escândalo de corrupção, Costa renunciou ao cargo na terça-feira 7. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou eleições legislativas antecipadas, marcadas para 10 de março do ano que vem, para formar um novo governo.

A renúncia de Costa deixou vago o cargo de secretário-geral do Partido Socialista (PS). Quem vencer a corrida pela liderança do partido vai concorrer a primeiro-ministro.

José Luís Carneiro, ministro do Interior, foi o primeiro a anunciar formalmente que está na disputa. O ex-ministro da Infraestrutura Pedro Nuno Santos também está na corrida.

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