A mãe de um menino com TEA (transtorno do espectro autista) denunciou nas redes sociais que seu filho teria sofrido discriminação de uma funcionária da loja Riachuelo, no Shopping Boulevard, no município de Feira de Santana, a cerca de 110 km de Salvador (BA). O caso teria ocorrido na quinta-feira (16). (Veja o vídeo abaixo) Karla Gurgel, mãe de Matheus, compartilhou em seu perfil nas redes sociais (@gurgelkarla) um vídeo que viralizou, sobre o suposto caso de discriminação. Na gravação, ela conta que apresentou a carteira de identificação do filho no caixa do estabelecimento, para receber atendimento prioritário. Uma funcionária, então, pediu a uma colega que recebesse a família. • Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram • Assine a newsletter R7 em Ponto Após o atendimento deles, a trabalhadora da loja de departamento teria falado para a colega: “Não me passe essas bombas, não”, disse a mãe em seu relato. “Eu não gostei. Eu exijo respeito com os autistas e as pessoas com deficiência, porque eu sou mãe. E ninguém aqui está livre de ter um filho com deficiência. E eu não aceito, porque já é difícil uma luta de uma mãe com uma criança que vem no shopping provar uma roupa. Eu não aceito”, protestou Karla. No fim do vídeo, os clientes batem palmas em apoio à mulher, que ainda diz: “É a última vez que eu entro nessa loja, porque isso é crime”. A carteirinha a que ela se refere é a Ciptea (Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista), parte de políticas voltadas aos cidadãos com TEA. Em julho deste ano, o então presidente em exercício, Geraldo Alckmin, sancionou a lei nº 14.626/2020, que garante atendimento prioritário a pessoas que estão no espectro autista, que têm com mobilidade reduzida e àquelas que são doadoras de sangue. Jairta Lima, a profissional que atendeu Karla e foi acusada de discriminação, publicou um vídeo em seu perfil de uma rede social nesta sexta-feira (17), com a sua versão sobre a ocorrência. “Venho por meio esclarecer que em nenhum momento fui preconceitosa , tenho 2 filhas fui demitida com justa causa sem ter feito nada com essa senhora, nem a criança, e ela a nenhum momento min apresentou cartao ela, apresentou pra tati que deu atendimento pra ela não pra min, mas a nenhum momento eu min recusei a passa ela , e ela sabe”, escreveu. Nos comentários, ela foi criticada, mas também recebeu apoio. Um exemplo foi Gaby (@gabynickeoautismo), que disse: “sou mãe de autista e acredito em você. Você vai arrumar outro emprego logo, muito melhor que naquela loja. Creia que essa porta se fechou porque uma muito maior irá se abrir, em nome de Jesus.” Danilo (@daanillinho) confirmou a versão da e-funcionária da loja onde tudo aconteceu. “Trabalhei na Riachuelo, e essa prática é comum mesmo. Usamos esse termo ‘bomba’ se referindo a cartões q n sao da loja.” “Nós da Riachuelo lamentamos o ocorrido em nossa loja em Feira de Santana e pedimos desculpas. O comportamento da ex-colaboradora no atendimento não condiz com os valores defendidos e praticados por nós da Riachuelo. A empresa hoje conta com ciclos obrigatórios e periódicos de treinamento ao atendimento ao cliente, sempre em evolução e atualização, reforçando acima de tudo que o respeito a todos é inegociável. A partir desse caso, e em busca de que situações como essa não voltem a ocorrer, já está em implantação uma nova rodada extraordinária de treinamentos e capacitação da nossa força de vendas. Reforçamos nosso compromisso constante com o cuidado para que todos se sintam bem-vindos e acolhidos em nossos espaços.” Veja 5 direitos que a lei garante para quem tem TEA