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Itamaraty tenta localizar empresário brasileiro que desapareceu na Suíça

por Pedro Marques do R7
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O Itamaraty confirmou ao R7 nesta sexta-feira (17) que o empresário brasileiro Márcio Rodrigues desapareceu durante uma viagem à Suíça e anunciou que está tentando entender o que aconteceu com ele no país europeu.

“O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Zurique, acompanha o caso e mantém contato com as autoridades locais com vistas a apurar as circunstâncias do acontecido”, informou o órgão por meio de um comunicado.

Por causa das leis de privacidade vigentes no país, o ministério disse que não poderia “fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”.

No dia 7 de novembro, Márcio Rodrigues viajou para a Suíça para finalizar algumas negociações. A família dele, no entanto, perdeu contato com o empresário logo que ele desembarcou no país europeu.

Márcio foi à Suíça para reaver um investimento feito havia anos. Para auxiliá-lo com a tradução, o deslocamento e o transporte, o empresário contratou uma assessoria, que inicialmente cobrou mais de R$ 20 mil. Já no aeroporto de Zurique, porém, a empresa teria exigido mais 10 mil euros do brasileiro.

“Quando ele chegou lá, ele falou que o pessoal cobrou 10 mil euros. Aí nós vimos que não era uma coisa confiável”, contou Ana Lúcia Cera, a esposa do empresário, sobre o momento em que começaram a desconfiar da segurança da negociação.

“Ora por mim. Porque eu acho que caí numa cilada”, disse o empresário, com voz assustada, em um áudio enviado a Ana. A família não teve mais notícias de Márcio e desconfia que ele tenha sofrido em algum golpe de mafiosos, que possam ter colocado uma substância ilícita na mala do brasileiro.

Segundo um sobrinho de Márcio que mora na Suíça, os jornais mostram com frequência a ação de uma máfia que consegue violar as malas de pessoas para entrar com itens roubados, drogas e produtos ilegais no país.

A família está preocupada e se lembrou do caso de duas brasileiras que ficaram presas na Alemanha depois que as etiquetas de suas malas foram trocadas no aeroporto internacional de Guarulhos. Naquela ocasião, uma quadrilha colocou 20 kg de cocaína em cada mala, e as mulheres foram detidas por 38 dias em uma cela sem janela.

A Interpol também foi acionada para investigar o caso. Já na Suíça, a resposta das autoridades oficiais do país é que não há nenhum registro do empresário brasileiro.

“Caí numa cilada”, diz empresário brasileiro antes de desaparecer na Suíça

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