Cenário automotivo global está passando por uma transformação significativa. A mudança no horizonte automotivo é inegável: a Renault surge como uma das pioneiras em um movimento que promete redefinir os padrões da indústria. O fim dos sedãs foi anunciado pelo CEO global, Fabrice Cambolive, e pelo vice-presidente mundial de marketing, Arnaud Belloni. Eles afirmaram que o foco será exclusivo em SUVs na gama de carros de passeio, juntamente com a preservação das picapes. Essa transição representa um cenário global de simplificação e redução de segmentos, alinhado à busca por aerodinâmica, fundamental para os automóveis do futuro, em especial os elétricos. Renovando a indústria: simplificação e preferência do público A Ford foi uma das precursoras nessa mudança, anunciando sua linha global composta apenas por SUVs e picapes há cerca de cinco anos. Agora, a Renault segue o mesmo caminho, refletindo uma tendência que se estende para além das fronteiras brasileiras, abraçada por fabricantes em todo o mundo. Imagem: Fernando Pires/Reprodução No Brasil, essa transição já foi perceptível com o desaparecimento gradual de segmentos como monovolumes e peruas. Os hatches médios seguiram o mesmo destino, deixando o mercado com modelos premium, como o Audi A3. SUVs: a nova preferência global Os SUVs não apenas estão ganhando espaço no Brasil, mas também dominam outros mercados. Nos EUA, o Toyota RAV4 superou o tradicional Camry como o carro de passeio mais vendido, refletindo uma crescente preferência por picapes e SUVs em detrimento dos sedãs. No entanto, os hatches compactos, apesar de perderem espaço para os SUVs no Brasil, ainda se mantêm como os veículos mais acessíveis. A estratégia de marketing das fabricantes, que rotula esses modelos como SUVs devido ao seu vão livre do solo, é uma tentativa de adaptação a essa tendência. O futuro dos sedãs: luxo e reestruturação Apesar da desistência de marcas como Ford e Renault, sedãs de alto padrão como o BMW Série 3 continuam a ser produtos essenciais e bem-sucedidos. Contudo, a longo prazo, a sobrevivência desses modelos permanece incerta. Essa transição sugere uma reconfiguração na indústria automotiva, em que os SUVs e picapes emergem como protagonistas, enquanto os sedãs, até mesmo os de luxo, podem estar destinados a uma presença mais discreta no mercado. O cenário de evolução da indústria automobilística reforça a adaptabilidade das fabricantes diante das preferências do público e das demandas por eficiência e inovação, moldando um futuro onde os SUVs e picapes reinam soberanos.