O líder do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, disse, nesta terça-feira (21), que está perto de chegar a um acordo de trégua na guerra com Israel, segundo um comunicado publicado no Telegram.
“Estamos perto de alcançar um acordo para uma trégua”, declarou Haniyeh, segundo a postagem.
Segundo fontes do Hamas e da Jihad Islâmica, outro grupo terrorista que atua na Palestina, as duas organizações aceitaram um acordo e que os detalhes serão anunciados pelo Catar e outros mediadores. Israel não reagiu às declarações até o momento.
Os Estados Unidos, o Egito e o Catar, onde o Hamas tem um escritório político e Haniyeh está baseado, trabalham em um acordo para libertar os 240 reféns sequestrados pelo Hamas no dia 7 de outubro em troca de uma trégua na guerra na Faixa de Gaza.
Durante a invasão do território israelense, os terroristas do Hamas massacraram cerca de 1.200 pessoas, a maioria civil.
Em resposta ao ataque, Israel realiza bombardeios contra alvos na Faixa de Gaza e uma ofensiva terrestre, prometendo derrotar o Hamas e assegurar a libertação dos reféns.
O primeiro-ministro do Catar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, disse no domingo (19) que um acordo para libertar alguns dos reféns em troca de um cessar-fogo temporário depende de questões práticas “menores”.
“Nunca estivemos tão perto de um acordo”, afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby. “Estamos confiantes. Mas ainda resta trabalho por fazer.”
Na segunda-feira (20), o presidente americano, Joe Biden, disse, em Washington, acreditar que um acordo para libertar os reféns estava próximo.
“Eu acredito que sim”, disse Biden, ao ser perguntado a respeito. Em seguida, o presidente cruzou os dedos em sinal de esperança em um desfecho positivo.
Duas fontes próximas das negociações disseram à AFP que um acordo provisório inclui uma trégua de cinco dias, que implicaria em um cessar-fogo no terreno e limites às operações aéreas de Israel no sul de Gaza.
Em contrapartida, entre 50 e 100 reféns mantidos em cativeiros na Faixa de Gaza seriam libertados. Entre estes estariam civis israelenses e de outras nacionalidades, mas não pessoal militar.
Segundo a proposta de acordo, cerca de 300 palestinos seriam libertados de prisões israelenses, entre eles mulheres e crianças.
A Casa Branca informou que as negociações se encontravam em um estágio de “finalização”, mas não revelou detalhes para não comprometer um resultado bem-sucedido.