Lar Mundo Sem navio e sem teto: empresa cancela cruzeiro de 3 anos e passageiros não têm onde morar

Sem navio e sem teto: empresa cancela cruzeiro de 3 anos e passageiros não têm onde morar

por Revista Oeste - Internacional
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Alguns venderam tudo que tinham para viver o sonho de uma viagem pelo mundo

Bruno Lemes

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Só em sonho: MV Gemini era o nome do navio com que os passageiros da empresa Life at Sea Cruises fariam a volta ao mundo longo de 3 anos | Foto: Divulgação/Life at Sea Cruises

A poucos dias da data em que deveria zarpar, a empresa Life at Sea Cruises (“Vida no Mar Cruzeiros”, em tradução livre do inglês) cancelou uma viagem dos sonhos. O motivo: não tinha navio.

A data original do início da viagem, 1° de novembro, já havia sido postergada para a próxima quinta-feira, 30. A origem também seria outra: se antes partiria de Istambul (Turquia), passaria a zarpar de Amsterdam (Holanda).

A ver navios

Semanas depois de um silêncio ensurdecedor, porém, os responsáveis (ou irresponsáveis) pelo cruzeiro alegaram não possuir a embarcação para a viagem, cancelando-a. Os passageiros ficaram, assim, a ver navios (das outras companhias).

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A Life at Sea Cruises garantiu que vai reembolsar, até fevereiro, os passageiros lesados. Ou seja, todos.

Até 1° de dezembro, a empresa acomodaria os viajantes em hotéis. Por fim, custeraria as despesas dos clientes que já se encontravam na Turquia ou na Holanda, aguardando a viagem dos sonhos que virou um pesadelo.

Valor salgado

O investimento para passar os próximos três anos vivendo em alto-mar e viajando pelo mundo era de US$ 30 mil a US$ 110 mil por ano. A viagem incluiria 136 países.

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Navios fantasmas povoam o imaginário de diferentes sociedades | Foto: Canarina/Wikimedia Commons

Além disso, dada a longa duração da viagem, parte considerável dos passageiros já havia vendido ou alugado suas respectivas casas. Tendo também se desfeito de seus pertences, não têm mais onde morar.

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O “navio fantasma”, se existisse, seria o MV Gemini. O percurso seria de 240 mil quilômetros (130 mil milhas náuticas, nos termos da navegação).

Além de curtir, todos a bordo também poderiam trabalhar remotamente ao longo desses três anos. O cruzeiro contaria com um business center (centro de negócios), com toda a infraestrutura necessária para o teletrabalho.

Amigos e familiares também poderiam visitar os passageiros enquanto a embarcação estivesse atracada. Os organizadores, ao que tudo indica, cuidaram de todos os detalhes, com exceção do próprio navio.

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