Alguns venderam tudo que tinham para viver o sonho de uma viagem pelo mundo
Bruno Lemes –
A poucos dias da data em que deveria zarpar, a empresa Life at Sea Cruises (“Vida no Mar Cruzeiros”, em tradução livre do inglês) cancelou uma viagem dos sonhos. O motivo: não tinha navio.
A data original do início da viagem, 1° de novembro, já havia sido postergada para a próxima quinta-feira, 30. A origem também seria outra: se antes partiria de Istambul (Turquia), passaria a zarpar de Amsterdam (Holanda).
A ver navios
Semanas depois de um silêncio ensurdecedor, porém, os responsáveis (ou irresponsáveis) pelo cruzeiro alegaram não possuir a embarcação para a viagem, cancelando-a. Os passageiros ficaram, assim, a ver navios (das outras companhias).
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A Life at Sea Cruises garantiu que vai reembolsar, até fevereiro, os passageiros lesados. Ou seja, todos.
Até 1° de dezembro, a empresa acomodaria os viajantes em hotéis. Por fim, custeraria as despesas dos clientes que já se encontravam na Turquia ou na Holanda, aguardando a viagem dos sonhos que virou um pesadelo.
Valor salgado
O investimento para passar os próximos três anos vivendo em alto-mar e viajando pelo mundo era de US$ 30 mil a US$ 110 mil por ano. A viagem incluiria 136 países.
Além disso, dada a longa duração da viagem, parte considerável dos passageiros já havia vendido ou alugado suas respectivas casas. Tendo também se desfeito de seus pertences, não têm mais onde morar.
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O “navio fantasma”, se existisse, seria o MV Gemini. O percurso seria de 240 mil quilômetros (130 mil milhas náuticas, nos termos da navegação).
Além de curtir, todos a bordo também poderiam trabalhar remotamente ao longo desses três anos. O cruzeiro contaria com um business center (centro de negócios), com toda a infraestrutura necessária para o teletrabalho.
Amigos e familiares também poderiam visitar os passageiros enquanto a embarcação estivesse atracada. Os organizadores, ao que tudo indica, cuidaram de todos os detalhes, com exceção do próprio navio.
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