O Ministério das Relações Exteriores do Catar, que atua como mediador das conversas entre Israel e os terroristas do Hamas, afirmou nesta segunda-feira (27) que as duas partes concordaram em prorrogar o acordo de trégua nos conflitos que terminaria na madrugada de amanhã. Com isso, haverá a continuidade da libertação de reféns em poder dos extremistas na Faixa de Gaza.
O governo israelense ainda não se manifestou, embora um porta-voz da administração tenha dito mais cedo que havia disposição para manter a trégua por mais alguns dias.
A negociação prevê a libertação de mais 20 reféns israelenses nos próximos dois dias — dois grupos de dez diariamente. Do outro lado, haverá a soltura de 30 palestinos detidos em Israel, totalizando 60 prisioneiros.
Em comunicado, o presidente do Serviço de Informação do Estado do Egito, Diaa Rashwan, acrescentou que os reféns israelenses a serem soltos ainda serão mulheres e crianças, assim como é feito desde sexta-feira (24).
Durante a trégua, o acordo ainda determina a permissão da entrada de ajuda médica e alimentar e combustível na Faixa de Gaza, bem como a proibição de voos israelenses sobre o território.
A libertação de mais 11 reféns hoje, a última parte do acordo inicial de quatro dias, atrasou devido a um impasse. O jornal israelense Yedioth Ahronoth informa que a lista de pessoas divulgada pelos terroristas do Hamas inclui filhos sem as mães, o que seria uma violação do acordo.
De sexta-feira até ontem, foram soltos 40 cidadãos israelenses, alguns deles com dupla cidadania, além de 21 estrangeiros.