Em entrevista à TV Integração, o pai de Rafaela disse que estará presente e que contratou um perito para contestar a perícia realizada pela corregedoria da Polícia Civil. “No meu ponto de vista do pai, não foi uma perícia precisa, profissional. No ponto de vista de pai, entendeu, tendo em vista que ela foi completamente parcial ao inspetor e ao delegado”, disse Aldair Drumond. Ainda segundo Aldair Drumond, é preciso combater o assédio moral que “parece ser coisa natural na Polícia Civil”. “O caso da Rafaela não é um caso isolado. Se você analisar bem, de junho para cá foram seis policiais que tiraram a vida, seis. É muita coisa, é um por mês. O assédio mata. Esse caso é um caso muito sério, teria que ter um acompanhamento muito sério e, infelizmente, não deu. Desfechou isso aí”, completou. Aldair Drumond, pai de Rafaela — Foto: TV Integração/Reprodução Em nota, a Polícia Civil informou que o inquérito foi concluído e enviado à Justiça. Além disso, está em andamento a Sindicância Administrativa, que apura eventual responsabilidade disciplinar dos servidores. “A PCMG esclarece que eventuais denúncias sobre prática de atos que constituam assédio são imediatamente investigadas pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil, por meio de procedimentos disciplinares e criminais. Há, inclusive, uma comissão que atua, especificamente, nas denúncias de assédio moral”, complementou a nota. A audiência Com relação ao delegado Itamar Cláudio Netto, que o MP apontou omissão, a Justiça de Carandaí entendeu não ser competente para analisar o caso e o transferiu para o Juizado Especial Criminal, órgão responsável pelas infrações de “menor potencial ofensivo”. Por se tratar de um crime de “menor potencial ofensivo”, ele não foi denunciado e não se tornará réu. A situação dele será analisada nesta audiência. Relembre o caso 09/06: Rafaela Drumond foi encontrada sem vida pelos pais em casa, que fica em um distrito de Antônio Carlos. A escrivã, que tinha 31 anos, era lotada em Carandaí. 12/06: Polícia Civil abre investigação sobre a morte da policial. Em paralelo à apuração policial, o Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindep-MG) informou sobre o recebimento de diversas denúncias de que a vítima vinha sofrendo assédio moral, sexual, além de pressão com a sobrecarga no trabalho. 24/10: Justiça acata o pedido do Ministério Público de Minas Gerais acerca do caso. Com isso, ficou confirmado o arquivamento do inquérito policial que apurava o investigador Celso Trindade de Andrade. Com relação ao delegado Itamar Cláudio Netto, que o MP apontou omissão, a Justiça de Carandaí entendeu não ser competente para analisar o caso e o transferiu para o Juizado Especial Criminal, órgão responsável pelas infrações de “menor potencial ofensivo”. VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes
‘Não é um caso isolado’, diz pai de Rafaela Drumond, escrivã encontrada morta após denunciar casos de assédios no trabalho; audiência acontece nesta segunda
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